Multidão acompanhou ato na avenida Paulista que reuniu diversos políticos. Bolsonaro não criticou o STF e pediu anistia a presos do 8 de janeiro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discursou na tarde deste domingo (25), durante a manifestação na avenida Paulista, que reuniu milhares de pessoas e ocupou seis quarteirões da via. No ato, ele defendeu uma pacificação e a anistia para os presos no dia 8 de janeiro. O ex-presidente também evitou mencionar o nome de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, o ministro Alexandre Moraes.
“Tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro, uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil”, defendeu o ex-presidente.
Bolsonaro negou tentativa de golpe
Ainda durante sua fala, o ex-presidente negou que tenha participado de uma tentativa de golpe, com as manifestações do dia 8 de janeiro, que terminaram com depredação do Planalto, Câmara, Senado e da sede do STF.
“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, continuou Bolsonaro.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), também discursou na manifestação deste domingo. Bastantes emocionada, ela disse que as orações do povo dão sustentação à família. “Desde 2017, nós estamos sofrendo, nós estamos sofrendo por exaltarmos o nome de Deus, porque o meu marido foi escolhido e porque ele declarou que era Deus acima de tudo. Não tem sido fácil, mas as orações de vocês nos dão força”, disse
Bolsonaro convocou ato em São Paulo
Os apoiadores da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para são Paulo, começaram a chegar pela manhã na avenida Paulista. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também esteve no ato, mas não discursou.
Além de Bolsonaro e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o pastor Silas Malafaia e parlamentares apoiadores do ex-presidente.
Valdemar falou antes da chegada de Bolsonaro – os dois estão proibidos de se encontrar por serem ambos investigados pela tentativa de golpe. O presidente do PL disse que, graças aos eleitores de Bolsonaro, a legenda se tornou o “maior partido do Brasil”.
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