O aumento de chegadas e partidas (slots) cresceu 104%. Destaque para a nova rota Congonhas-Brasília, além da retomada de voos diretos para as capitais Porto Alegre e Curitiba
A Azul Linhas Aéreas, com sede na cidade de Barueri, iniciou a sua operação ampliada no terminal do aeroporto de Congonhas, na capital paulista, o mais disputado no país. Essa ampliação chegou após a empresa receber mais slots (horários de chegadas e partidas) devido a divisão dos horários da antiga Avianca Brasil, assim como parte dos slots decorrentes do aumento da capacidade do terminal. As informações foram noticiadas pelo jornal “Valor Econômico”.
A empresa passou, então, de 41 para 84 slots. Isso representa um crescimento de 104%. A liderança no terminal de Congonhas fica com as companhias aéreas Latam e Gol, que possuem cerca de 240 slots cada.
“Vamos transportar 10 mil clientes a partir de Congonhas [antes, o número era próximo a 2 mil, uma vez que a empresa operava basicamente a ponte aérea pelo terminal]. Quase todos os voos vão sair lotados. Esperamos esse dia a mais de uma década”, contou John Rodgerson, CEO da Azul Linhas Aéreas, ao jornal.
No total, o grupo operará 98 voos por dia saindo do terminal, considerando-se também as decolagens da pista auxiliar via Azul Conecta, braço de aviação regional da empresa. De acordo com Rodgerson, a ampliação abre portas para passageiros de negócios da avenida Faria Lima, eixo corporativo de São Paulo, conhecerem a empresa. Esse público, segundo o CEO, acabava não voando com a companhia aérea por causa do hub ser em Campinas, em torno de uma hora e meia de distância de carro.
Novas rotas e mais voos
A ampliação da Azul Linhas Aéreas em Congonhas abriu espaço também para novos voos na rota Rio-São Paulo. A empresa pulou de 11 para 13 voos. Outra novidade é o lançamento da rota Congonhas-Brasília, além da retomada dos voos diretos para as capitais Porto Alegre, RS, e Curitiba, PR, na região Sul do Brasil.
O executivo da Azul Linhas Aéreas disse também que a ampliação da Azul no terminal tende a pressionar os preços. “Todo mundo reclama do preço de passagem. Eu coloquei mais oferta no mercado. As tarifas hoje são menores do que sem a Azul”, destacou Rodgerson.
Em 2022, como noticiado pelo GIRO, a companhia registrou lucro líquido de R$ 231,2 milhões no 4º trimestre de 2022 (4T22), revertendo o cenário de perda registrado no mesmo período de 2021, quando o prejuízo alcançou R$ 954,7 milhões.
*Com informações do jornal “Valor Econômico”.
