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Café: o queridinho dos brasileiros chega à xícara 40% mais caro

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O brasileiro consome de três a quatro xícaras de café ao dia, cerca de 5,8 kg ao ano (Divulgação/Freepik)

máticosSegunda bebida mais consumida no País, atrás apenas da água, o café teve um dos maiores aumentos de preços dos últimos 25 anos. O valor disparou mais de 40% nos últimos 12 meses. Os dados são de estudo realizado pela CupomValido.com.br com dados da Organização Internacional do Café (OIC) e do Dieese.

A jornalista Fabiana Holtz, moradora de Barueri, se assustou quando viu o preço na gôndola. “Reparei que foi para R$ 18, R$ 20, meio quilo de café. Antes da pandemia, eu pagava R$ 7, R$ 9”, conta Fabiana, que faz café duas vezes por dia.

Dólar mais valorizado, inflação e fatores climáticos levaram à elevação nos preços. Melisa Caminha, do Empório Caminha da Roça, em Santana de Parnaíba, compra café em MG e SP. “Com as geadas, o preço da saca pulou de R$ 400, R$ 600 para R$ 1200 R$ 1600”, ressalta Melisa. “Café que vendíamos a R$ 15 passamos para R$ 25, meio quilo”, acrescenta.

De um total de 193 países, o País está entre os top 15 que mais consomem café no mundo. No topo do ranking está a Finlândia, com um consumo de mais que o dobro dos brasileiros, aproximadamente 12 kg per capita ao ano.

Dólar

Um dos motivos do aumento relevante nos preços, está relacionado ao dólar. A saca do café é cotada na Bolsa de Nova York, e é utilizado o dólar como moeda base. Como nos últimos tempos a moeda teve crescimento relevante frente ao real, o resultado é que o preço do café também sofreu um aumento significativo.

Efeitos climáticos

Os principais estados produtores de café – Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo – sofreram com os fatores climáticos. A seca no momento da florada e a geada nos meses de junho e julho. O resultado é menos grão no pé.

Segundo o Centro do Comércio do Café de Minas Gerais (CCCMG), a saca do café arábica, o mais utilizado na indústria de torrefação, passou de R$ 485 em 2020 para R$ 1.510 hoje. Minas é o maior produtor do país e há dois anos tem registrado queda na

produção.

Mas o brasileiro não fica sem café!

A pedagoga Maria Luiza Rodrigues Valle Cavalcanti, moradora de Santana de Parnaíba, está acostumada a comprar uma determinada marca de café. “Comprávamos sempre três pacotes. Aqui em casa, meu marido e filho mais velho consomem muito café. E temos as funcionárias também”, conta Maria Luiza. Com o aumento de preço, eles adquiriram outra marca, mas não gostaram. “Resolvemos voltar para a marca que gostamos, mas compramos agora em menor quantidade”, afirma ela.

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