O mais recente estudo sobre a presença de fintechs no Brasil apontou crescimento de 36% na quantidade de empresas em 2017, chegando a 332. As fintechs são startups que fazem uso intensivo de novas tecnologias para o setor financeiro. Com inovações, tornam as operações bancárias mais acessíveis, baratas e simples, sem burocracia.
Um exemplo típico de fintech de sucesso é o Nubank, que surgiu como um cartão de crédito internacional sem anuidade, já expandiu para um programa de recompensas e conta digital sem tarifas. Isso para pessoa física.
Já o segmento de pessoa jurídica é menos explorado. A professora Angela de Souza Menezes, especialista em finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie Tamboré, chama a atenção para o Banco Inter, que oferece serviços para empresas sem cobrança de tarifas. “Esta é uma tendência. E vão incomodar os bancos, porque oferecem boleto e outros serviços a custo zero”, afirma. E de onde vem a rentabilidade? Para Angela, o spread (diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro) cobrado no Brasil é um dos maiores no mundo.
Com tecnologia, menos funcionários e menores custos de operação, as fintechs conseguem operar com spread menor e ainda têm boa rentabilidade.
Em abril, o Conselho Monetário Nacional autorizou que fintechs concedam crédito sem intermédio de bancos.
E há também as que aplicam dinheiro. “O cliente precisa estar atento se aquela aplicação está protegida pelo Fundo Garantidor – se a instituição quebrar, o governo cobre até R$ 250 mil”, diz Angela.
“E o cliente precisa ler o contrato e não apertar o ‘ok’ no aplicativo, como faz para baixar música”, afirma a especialista.