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Fatores políticos geram oscilações na cotação do dólar

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​Por Lucia Camargo

Na última semana, o mercado financeiro acompanhou a escalada do dólar. A moeda norte-americana, na cotação comercial, começou o ano no patamar de R$ 3,20 e veio subindo, chegando na faixa dos R$ 3,40. Em meados da semana, caiu para R$ 3,37.

O professor de economia da Universidade Mackenzie Jefferson Prado atribui essa alta mais recente a dois fatores. “Esta faixa de R$ 3,40 é o preço de equilíbrio do ativo dólar para realização de contratos de câmbio no mercado financeiro. Outro fator associado à alta é o político, por causa da instabilidade, o que leva desconfiança ao investidor”, afirma. As eleições estão trazendo um clima de incerteza a um país já fragilizado.

Para ele, a moeda norte-americana, um ativo volátil de alto risco, ainda pode oscilar. “Vai depender do cenário político”, pondera Prado. “Poderia estar com cotação menor, com a economia brasileira em recessão, juros caindo, mas ela segue o movimento especulativo”, explica. Ele estima que, sem grandes sustos, o dólar possa ficar entre R$ 2,90 e R$ 3,20.

Para quem vai viajar no meio do ano e que usa o dólar turismo (atualmente fica em torno de R$ 0,20 acima de diferença para o comercial), o professor recomenda não comprar nesta alta. “Ideal esperar o final deste mês ou início de maio e acompanhar, porque o dólar comercial pode chegar a R$ 3,20.” Ideal é o turista que for aos EUA, por exemplo, adquirir um cartão pré-pago e evitar cartão de crédito que usa o câmbio turismo pós-fixado.

Para quem procura dólar para investir, Prado recomenda acompanhamento diário da moeda e, melhor ainda, que o investidor procure um agente especializado, que pode lhe orientar sobre os riscos.

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