giro

​Em crise, Latam pede recuperação judicial nos Estados Unidos

Logo Giro
A subsidiarias que a companhia tem no Brasil, Argentina e Paraguai não estão envolvidas no pleito judicial. (Foto: Divulgação – Latam)

A companhia área Latam Airlines anunciou nesta terça-feira (26) que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por conta de uma crise econômica causada pelo coronavírus na malha área mundial. 

A empresa pediu uma concordata baseada no capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos. A norma estimula um prazo para que as empresas se reorganizarem financeiramente. As subsidiarias norte-americana, do Chile, Peru, Colômbia e do Equador estão no processo

A subsidiarias que a companhia tem no Brasil, Argentina e Paraguai não estão envolvidas no pleito judicial.

Segundo a agência Reuters, a Latam é o maior grupo de aviação a buscar uma reorganização de emergência como consequência dos impactos da pandemia, até agora.

Antes da pandemia, a empresa transportava mais de 74 milhões de passageiros por anos e atendia 26 países. Em abril, ela reduziu 95% dos voos e no começo de maio, foram demitidos mais de 1400 funcionários das filiais latino-americanas.

O processo de recuperação judicial evitará que a empresa feche as portas devido à dificuldade financeira.

No comunicado, a Latam informou que conseguiu suporte financeiro de até US$ 900 milhões dos seus principais acionistas da empresa, incluindo as famílias Cueto e Amaro, e a Qatar Airways.

Na segunda-feira (25), a Alemanha aprovou uma ajuda de 9 bilhões de euros para socorrer uma das principais empresas de aviação do país, a Lufthansa. O acordo com o governo alemão concede poder de veto no caso de uma oferta de aquisição hostil pela parte da companhia área.

Outras companhias aéreas, incluindo o grupo franco-holandês Air France-KLM, as norte-americanas American Airlines, United Airlines e Delta Air Lines e as brasileiras Gol e Azul também têm buscado auxílio estatal.

Ajuda financeira brasileira

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNEDS) anunciou que oferecerá R$ 2 bilhões para empresa aérea nesse período de pandemia.

O financiamento será feito com a emissão de debêntures simples e bônus conversíveis em ações, na proporção de 75% e 25%, respectivamente.

De acordo com Roberto Alvo, presidente da LATAM, as dívidas da empresa se concentram em sua subsidiarias latino-americanas. Essas somam mais de 10 bilhões de reais.

A companhia vem buscando credores chilenos e brasileiros para proteger financeiramente a economia.

Receba nossas notícias em seu e-mail