giro

 PIB brasileiro cresce 0,8% no 1º trimestre de 2024, segundo Fiesp

Logo Giro
Segmento de comércio foi um dos destaques (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Segmentos da Agricultura e Serviços destacaram-se. Expansão da renda e mercado de trabalho aquecido contribuíram para aumento do PIB

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o PIB brasileiro cresceu 0,8% no 1º trimestre de 2024 em relação ao 4º trimestre de 2023, após registrar resultados próximos à estabilidade por dois trimestres consecutivos, considerando dados com ajuste sazonal. Este desempenho alinha-se com a projeção da Fiesp (+0,8%) e próximo da expectativa do mercado (+0,7%). Com este resultado no 1º trimestre do ano, o carregamento estatístico para 2024 é de 1,0%.

+SIGA os canais de notícias do GIRO no WhatsappTelegram e Linkedin

PIB: agricultura e serviços se destacam

Pela ótica da oferta, a principal variação positiva foi registrada pela agropecuária, com crescimento de 11,3% sobre o 4º trimestre do ano passado. O setor de serviços também apresentou aumento, de 1,4%, com destaque para os segmentos de comércio (+3,0%) e informação e comunicação (+2,1%).

Por outro lado, a indústria geral registrou redução de 0,1% no trimestre, com queda em todos os segmentos, com exceção da indústria de transformação. A indústria extrativa mineral e o setor de eletricidade, gás, água e esgoto caíram 0,4% e 1,6%, respectivamente. A construção civil também registrou queda, de 0,5%. Já a indústria de transformação, que representa cerca de 60% da indústria geral, cresceu 0,7% no período. 

No que se refere à ótica da demanda, as exportações cresceram 0,2% no 1º trimestre deste ano, enquanto as importações aumentaram 6,5% no mesmo período. Além disso, o consumo das famílias cresceu 1,5%, enquanto o consumo do governo ficou estável em janeiro, fevereiro e março de 2024. Já formação bruta de capital fixo cresceu 4,1% no 1º trimestre deste ano.

Variações trimestrais do PIB (em %):

 PIB brasileiro cresce 0,8% no 1º trimestre de 2024, segundo Fiesp
Fonte: elaboração FIESP a partir de dados do IBGE

Principais vetores do aumento

Além da economia brasileira ter sido influenciada, nos três primeiros meses de 2024, pelo setor agropecuário, o período foi marcado pela resiliência do consumo e de serviços, devido à expansão da renda, que foi turbinada pelo pagamento dos precatórios. Em dezembro de 2023, o governo federal antecipou o pagamento de precatórios no montante de R$ 93,1 bilhões (cerca de 0,8% do PIB). Além disso, no início de 2024, o governo antecipou o pagamento previsto para o ano de cerca de R$ 30,0 bilhões para o 1º trimestre. Este pagamento concentrou-se, principalmente, no mês de fevereiro.

Outro elemento que contribuiu para o dinamismo da economia brasileira foi a continuidade do mercado de trabalho aquecido. Em março, o País registrou taxa de desemprego de 7,9%, patamar mais baixo para essa época do ano desde 2014 (quando ficou em 7,2%). Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego foi de 7,5%.

Além disso, o mercado de trabalho brasileiro seguiu apresentando crescimento da população ocupada. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve a criação de aproximadamente 730,8 mil novas vagas de emprego formal entre janeiro e março de 2024, número acima das 520,3 mil vagas criadas no mesmo período no ano passado.

Jornalismo regional de qualidade
Há mais de 16 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos 12 municípios que compõem o consórcio *Cioeste. Essas cidades estão localizadas na Região Metropolitana da Grande São Paulo e possuem uma população que ultrapassa os 2,5 milhões de habitantes.    

Siga o perfil do jornal no Instagram e acompanhe outros conteúdos.

*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.