A construção de ciclovias, a implantação de corredores de ônibus e melhorias geométricas estão entre os projetos de mobilidade urbana
Para desafogar o trânsito em Alphaville, várias obras foram executadas nos últimos tempos. Na parte do bairro que está em Barueri, um dos destaques é a construção da av. Mario Sadanori Doi – interligando a região de Alphaville ao Jardim Boa Vista/Jardim dos Camargos -; além da alça de acesso da ponte Akira Hashimoto à av. Pirambóia – ligando a av. General de Div. Pedro Rodrigues da Silva à Via Parque.
Mobilidade urbana em Barueri
Há ainda a construção da nova alça, interligando a Estrada da Aldeinha à av. Pirambóia. Essa alça fica sob a ponte Akira Hashimoto.
Para Valter de Oliveira, secretário de Mobilidade Urbana de Barueri (Semurb), o maior desafio é possibilitar fluidez e segurança viária em um momento em que a região passa por expansão da malha e remodelação nos diversos acessos à rodovia. “Isso possibilitará no futuro uma maior mobilidade, buscando segurança viária. A obra do Governo do Estado visa a ampliação das marginais da Castello Branco e é executada pela concessionária CCR ViaOeste”, afirma Valter de Oliveira.
Entre as ações planejadas,futuras, para melhorar a mobilidade urbana no bairro de Alphaville, a prefeitura de Barueri planeja a construção de ciclovias, implantação de corredores de ônibus e melhorias geométricas.

Mobilidade urbana em Santana de Parnaíba
Uma das obras de mobilidade de Santana de Parnaíba foi a Nova Ponte, ligando a região central aos bairros Fazendinha e Alphaville, por meio de duas faixas sentido bairro-centro e duas faixas sentido centro-bairro. Há também a passagem sob a ponte. As duplicações da av. Pentágono são outro exemplo.

A prefeitura está realizando a implantação de ciclovias em diversos bairros do município, com o objetivo de fomentar a utilização de bikes como transporte, além da reduzir o congestionamento e a poluição, gerando impactos diretos para a sustentabilidade, saúde, bem-estar e qualidade de vida.
No início do mês de setembro Santana de Parnaíba conquistou o 3º lugar no eixo mobilidade do Ranking da consultoria Connected Smart Cities.
Qualidade urbanística
O arquiteto e urbanista Cléverson Fiuza afirma que resolver problemas de fluidez de tráfego nem sempre é sinal de qualidade urbanística. “Um exemplo é a avenida Dr. Yojiro Takaoka. Com as alterações da circulação do Centro de Apoio 2, os motoristas com destino aos Alphavilles 5 e 6 se viram obrigados a trafegar na frente do Pão de Açúcar e, com isso, a fluidez deste ponto, já comprometida com a parada de ônibus e a lombada em frente ao supermercado, tornou-se insuficiente, comprometendo todo o trecho desde o McDonald´s”, destaca o urbanista.
Fiuza sugere a retirada da lombada e a criação de uma baia para o ponto de ônibus. “Com certeza, isto resolveria o problema de fluidez de forma imediata, mas aumentaria a sensação de insegurança e desconforto na área, comprometendo ainda mais a qualidade do comércio. Além disso, a própria melhoria na fluidez seria fator gerador de mais fluxo e, com isso, piora gradativa no tráfego”, resultando, no frigir dos ovos, em um local com comercio completamente degradado e um largo corredor de trânsito parado”, explica.
O urbanista ressalta ainda que a solução do trânsito em Alphaville pode não estar no bairro. “A crescente demanda de tráfego em Alphaville e Tamboré é decorrente do expressivo crescimento dos bairros da Fazendinha e do Jardim São Pedro, e de municípios da região”, diz.
Já em Barueri, Fiuza destaca que as novas avenidas têm trazido uma fluidez importante no trânsito, mas estão estrangulando os pequenos quarteirões entre elas, tornando-se ilhas inóspitas. “Um exeplo é o bairro de Berthaville, onde os moradores terão cada vez mais dificuldade em caminhar para fora deste pequeno quadrilátero, praticamente exigindo o uso de veículos, situação esta que demanda mais largura das avenidas”, explica.
Anel viário e trânsito local
Para preservar a tranquilidade de Alphaville e Tamboré, Cléverson Fiuza defende a criação de um anel viário em torno destes bairros, limitando o tráfego praticamente exclusivo da região. “Essa proposta existe há mais de uma década”, conta Fiuza.
O arquiteto ressalta também que é necessário examinar os pontos em que é possível melhorar a qualidade de vida da região e analisar o trânsito como apenas um dos aspectos. “Assim, talvez preferíssemos que as vias internas de Alphaville se mantivessem, ou seja, voltassem a ser de trânsito local, com baixa velocidade e um comércio bem agradável, com decks e mesas na frente de restaurantes, um calçadão bem arborizado, onde caminhar por lá fosse uma experiência muito agradável”, finaliza Fiuza.
Ampliação das marginais
A CCR ViaOeste está investindo R$ 815 milhões para ampliação das marginais da Castello Branco entre o km 22+500 e o km 27, além de adicionar uma faixa adicional do km 27 ao km 31+650, no sentido interior da pista oeste. O objetivo é proporcionar segurança, conforto e fluidez aos motoristas que utilizam essa rodovia, bem como melhorar a qualidade de vida ao reduzir o tempo de trajeto para acessar os municípios vizinhos.
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