A retomada de confiança do consumidor e do empresário devem impulsionar as vendas no Black Friday e no Natal. No caso das festas de fim de ano, há ainda a injeção do 13o salário na economia. “Nós tivemos um aumento substancial na contratação para empregos formais este ano”, afirma Altamiro Carvalho, consultor econômico da FecomercioSP. Por outro lado, a inflação atrapalha o poder de consumo. devendo chegar no Brasil a 10% até o final de 2021. “Esse problema não é apenas do Brasil, mas é também uma questão mundial”, explica Carvalho.
Black Friday
Além do aumento expressivo nas vendas, Carvalho destaca que em 2022 haverá uma forte consolidação do comércio eletrônico, um dos principais canais da Black Friday. “A tendência é a elevação substancial pelo consumo de eletrônicos, que é a base do Black Friday. Além disso, as empresas estão mais estruturadas no e-commerce e mais agressivas em ações promocionais”, acrescenta.
Natal
Além da retomada da confiança do consumidor e do empresariado, Carvalo cita outro aspecto que contribui para o crescimento bem expressivo nas vendas para o Natal de 2021. “Essa data comemorativa é bem relevante pela injeção extra proporcionada pelo 13o salário, que será pago integralmente em dezembro”, diz ele. Outro dado relevante é o aumento substancial na contratação de empregos formais, que traz embutido o 13o salário. Tudo isso leva a um final de ano mais expressivo nas vendas em comparação a 2020. “Por outro lado, precisamos lembra que em dezembro de 2020 havia o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. Esse ano, ainda não está previsto o auxílio até o final de 2021”, complementa o consultor econômico da FecomercioSP.
Inflação
Sombra da economia brasileira, a inflação será maior esse ano em comparação a 2020. E ela tem afetado principalmente o preço dos alimentos, dos combustíveis e energia elétrica. “A inflação acabará impactando principalmente na ceia de Natal. Mas, na hora de escolher o presente, o consumidor costuma apostar em roupas e calçados”, diz Carvalho. Segundo ele, o segmento que mais vai crescer será o de vestuário e calçados, com preços menores em relação ao ano passado. “Esse setor está se recuperando em 2021”, diz.
Ainda sobre a inflação, e como ela será em 2022? “A alta da inflação, que tem alcance mundial, me preocupa muito em 2022. Acredito ser necessário aumento da produção global de alimentos, além de condições climáticas favoráveis”, afirma Carvalho.
Materiais de construção
Aliás, esse setor cresceu com a pandemia da covid-19. O trabalho home office levou, vamos dizer, as pessoas a “repararem mais” nos problemas que tinha em casa. Um armário caindo, uma torneira pingando, entre outros. Como economizou, com combustível, por exemplo, trabalhando em casa, o consumidor investiu em pequenas reformas em sua residência. “Esse foi o setor que mais se beneficiou da pandemia”, finaliza o consultor econômico da FecomercioSP.