Em uma reunião, feita por videoconferência, com os líderes partidários do Senado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se manteve contrário ao adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano por mais seis meses, cogitado em virtude da pandemia de coronavírus no país. Ele alegou que a crise de saúde não seguirá até a época da realização das provas, prevista para novembro.Diante disso, o ministro pediu para que os senadores não votem no projeto que pede alterações no calendário.
Weintraub argumentou que seria melhor avaliar possíveis alterações no calendário das provas em julho ou agosto, já que a aplicação do exame é em novembro. Parte dos parlamentares defende a aprovação do adiamento do cronograma sob argumentos de que a interrupção das aulas presenciais e a falta de acesso à internet em algumas localidades prejudicam alunos.
O líder do PDT, Weverton (MA), defendeu um novo calendário para o exame, pelo fato de milhões de estudantes estarem prejudicados pelo isolamento obrigatório e pela suspensão das aulas. Segundo o senador, muitos desses jovens não têm estrutura para estudar em casa e, portanto, não têm condições de se preparar para a seleção. “O ministro quer manter o Enem para novembro. E ficou combinado que teremos nova reunião em agosto, para avaliarmos o cenário. Ele disse que o Enem não foi feito para fazer justiça social”, disse.