Após sucessivas falhas na operação das linhas 8 e 9, ViaMobilidade construirá escolas em Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco
A ViaMobilidade e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) concluíram um acordo avaliado em R$ 786 milhões, visando evitar processo judicial referente às inúmeras falhas ocorridas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda dos trens metropolitanos de São Paulo.
Pelo período de 30 anos, a ViaMobilidade será responsável pela operação e manutenção das Linhas 8 e 9, que transportam cerca de um milhão de passageiros por dia. Ao longo das três décadas, o contrato de concessão abarca investimentos de R$ 3 bilhões destinados à operação, conservação, manutenção, modernização e ampliação das instalações existentes, assim como à aquisição de material rodante (trens).
Os trens que circulam nas Linhas 8 e 9 passam diariamente por municípios como Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Jandira, localizados na Região Metropolitana de SP, abrangendo as cidades que compõem o consórcio Cioeste. O acordo entre a concessionária, controlada pelo Grupo CCR, e o MPSP, foi submetido ao Conselho Superior do Ministério Público e abrange uma série de obrigações, incluindo a construção de escolas, um complexo esportivo e melhorias substanciais em algumas estações de trem.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi oficialmente aprovado na última terça-feira, 14 de novembro, pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo. Adicionalmente, a ViaMobilidade comprometeu-se a implementar um sistema eficiente de informação de horários dos trens em operação nas duas linhas afetadas. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, no período de um ano, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, as Linhas 8 e 9 registraram 166 falhas.
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Parte integrante do acordo inclui uma indenização de R$ 150 milhões, conforme anunciado pela concessionária, dos quais R$ 3 milhões serão destinados ao Fundo de Interesses Difusos. O restante será investido em melhorias que não estavam originalmente previstas no contrato e serão realizadas ao longo de um período de quatro anos.
Ainda de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o documento ressalta ocorrências de oito problemas graves que ocorreram desde março do ano passado, destacando seis casos de descarrilamentos e uma colisão envolvendo um trem da linha 8-Diamante na estação Júlio Prestes, localizada na região central da capital.
Usuários na Estação Osasco, cidade onde circulam os trens das linhas 8 e 9 (Reportagem Jornal GIRO)
Entre as ações a serem realizadas, está a construção de um amplo complexo esportivo de 14,4 mil metros quadrados nas proximidades da rua Giovanni Bononcini, no bairro do Grajaú, zona sul da capital paulista. O prazo estimado para conclusão é de até 24 meses.
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Além disso, melhorias estão previstas para as estações Barra Funda, Presidente Altino em Osasco, Autódromo de Interlagos e Antonio João em Barueri. Os prazos estipulados variam entre 30 e 40 meses, a partir de novembro deste ano.
As obrigações contemplam ainda a construção de escolas em várias localidades, como São Paulo, Osasco, Barueri, Itapevi, Carapicuíba e Jandira, com o propósito de reforçar o compromisso da empresa em reparar os danos e contribuir para a comunidade atingida. O acordo foi aprovado pelo governo estadual.
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*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.