Com circulação média de 50 mil passageiros em dias úteis, a Estação Osasco tem enfrentado problemas estruturais sucessivos. Assista ao vídeo
A Estação Osasco, inaugurada em 2 de agosto de 1895 e posteriormente reinaugurada em 25 de janeiro de 1979, é considerada um dos pontos de transporte público mais importantes da Região Metropolitana da Grande São Paulo. Este grandioso empreendimento está situado no Centro de Osasco, município com população que ultrapassa os 740 mil habitantes.
Durante os dias úteis, a Estação transporta, em média, 50 mil passageiros. Estes trens circulam por cidades da Região Metropolitana de São Paulo pertencentes ao consórcio Cioeste, incluindo Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Jandira. Com um total de 40 estações em funcionamento, as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, juntas, cobrem uma distância de 78,9 quilômetros.
Nos últimos meses, o local tem sido alvo de uma série de críticas e preocupações frequentes, especialmente em dias chuvosos, e tais problemas têm se repetido com frequência.
Infiltrações, goteiras e totens inoperantes (Reportagem Jornal GIRO)
Parte do teto da Estação Osasco desabou no início de outubro
Não é de hoje que as chuvas têm transformado a Estação Osasco em um verdadeiro pesadelo para os passageiros. No último dia 4 de outubro deste ano, pouco antes das cinco da tarde de uma quarta-feira, parte do teto da Estação Osasco desabou durante uma forte chuva, e vídeos gravados por usuários se espalharam pelas redes sociais.
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O caso ganhou repercussão em dezenas de veículos da grande mídia, e a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo divulgou a seguinte nota na ocasião:
“Por volta de 16h40, uma parte do forro de gesso do teto da Estação Osasco, da Linha 9-Esmeralda, cedeu por conta do peso da água da chuva. Não havia circulação de passageiros no local, que foi isolado imediatamente. Equipe de manutenção da ViaMobilidade realiza manutenção no espaço, que não oferece risco aos clientes.”
Problemas estruturais se intensificam em dias de chuva
Pouco mais de um mês após o acidente, o caso mais recente ocorreu na noite de quarta-feira, 15 de novembro, feriado da Proclamação da República. Antes das sete da noite, os termômetros ultrapassavam os 30ºC quando começou a chover em Osasco e cidades vizinhas. Não demorou muito para que os problemas estruturais da Estação Osasco surgissem novamente.
Escadas rolantes fora de operação (Reportagem Jornal GIRO)
Todas as escadas rolantes pararam de funcionar, inúmeras goteiras atrapalhavam o fluxo de passageiros. Os quiosques externos, que comercializam produtos como café, doces, salgados, e acessórios para celulares, ficaram sem energia elétrica por vários minutos. Os totens de autoatendimento deixaram de funcionar, dificultando a compra de bilhetes, bem como a recarga.
Passageiros também relataram à reportagem do GIRO a ausência de seguranças no local. Com a infiltração no telhado, os corredores ficaram completamente encharcados. Veja o vídeo a seguir:
Diante dessa realidade preocupante de constantes incidentes, muitos questionamentos surgem: até quando essa situação persistirá? Quais são os planos da ViaMobilidade para resolver esses problemas de infraestrutura? Em 30 de junho de 2021, a empresa assinou contrato com o governo estadual, concedendo à concessionária a operação e manutenção das duas linhas por 30 anos.
Atualmente, a Linha 9-Esmeralda é responsável por levar cerca de 444,1 mil usuários por dia, seguida pela Linha 8-Diamante, que atende a 351,4 mil passageiros diariamente.
De acordo com a empresa, “o contrato de concessão contempla investimentos de R$ 3 bilhões para operação, conservação, manutenção, modernização e ampliação das instalações existentes, além de aquisição de material rodante (trens) ao longo dessas três décadas.”
Após chuva, corredores da Estação Osasco ficam completamente molhados (Reportagem Jornal GIRO)
Até quando?
Procurada pelo GIRO, a concessionária informou que as escadas rolantes da Estação Osasco passam por serviços de reforma e manutenção. Já em relação aos problemas apresentados pelo telhado, como infiltração e goteiras, o posicionamento oficial depende da área técnica.
Enquanto a situação permanece e a incerteza paira sobre as soluções a ser implementadas, os moradores e usuários da Estação Osasco seguem na expectativa de mudanças significativas que garantam um ambiente seguro e funcional, independentemente das condições climáticas.
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*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.