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Vendas de veículos eletrificados devem crescer 60% em 2024

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O 1º semestre de 2024 registrou um total de 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil (Divulgação/Freepik)

O 1º semestre registrou quase 80 mil carros eletrificados comercializados no Brasil. Na região, BYD e Volvo Car Brasil contam com novos modelos

Você está pensando em adquirir um carro elétrico? O mercado automotivo está otimista. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o 1º semestre de 2024 registrou um total de 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil. Os números representam crescimento de 146% sobre os 32.239 do 1º semestre de 2023. A previsão da ABVE é que 2024 terminará com mais de 150 mil eletrificados vendidos no ano, aumento em torno de 60% sobre os 93.927 de 2023.

Os eletrificados incluem as tecnologias 100% elétricos e os híbridos (elétrico e combustão). Para o especialista Renato Salmeron, diretor da Auto Simples – especializada na compra, venda, documentação e manutenção de carros – uma das tendências no Brasil são os modelos híbridos, com investimentos, principalmente, em carros que utilizam o etanol como combustível.

Na região Oeste, motoristas contam com opções de compra de carros eletrificados. A loja da BYD Grand Brasil Alphaville foi inaugurada em março deste ano e oferece quatro modelos da marca chinesa BYD, como o híbrido BYD King. “Nossas expectativas para as vendas em 2024 e 2025 são excelentes, especialmente neste segmento de veículos elétricos, que está em plena expansão”, ressalta Marcel Adipietro, diretor executivo da Grand Brasil.

Já a Volvo acaba de lançar o EX30, SUV 100% elétrico. Os veículos totalmente elétricos correspondem a 60% do portfólio da Volvo Car Brasil, sendo eles o novo EX30 e os modelos C40 e XC40. “Nosso plano é ser uma empresa do setor automotivo 100% elétrica até 2030. Além disso, todos os carros comercializados pela operação brasileira são eletrificados, uma vez que o XC60 e o XC90 detêm tecnologia híbrida. A Volvo Car Brasil foi uma das primeiras estruturas da marca no mundo a ter o portfólio totalmente eletrificado, antes mesmo da matriz sueca”, explica o presidente Marcelo Godoy.

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Vendas de veículos eletrificados devem crescer 60% em 2024
EX30, SUV 100% elétrico, com autonomia elétrica de 250 km a 338 km (Divulgação/Volvo Car Brasil)

Eletrificados: mercado de Alphaville

Para a Grand Brasil, o bairro de Alphaville é uma região estratégica, pois combina um mercado sofisticado e receptivo a novas tendências e tecnologias. “Conhecida por sua alta concentração de empresas de tecnologia e inovação, além de um público com alto poder aquisitivo e preocupado com a sustentabilidade, Alphaville oferece um ambiente propício para a adoção de veículos elétricos”, afirma Marcel Adipietro.

Os modelos mais vendidos pela concessionária na região são o Song Plus e o Dolphin Mini. O primeiro é híbrido plug-in, com autonomia de 105 km no modo elétrico e, no geral (híbrido), de 1.200 km. Já o BYD Dolphin Mini é 100% elétrico e possui autonomia elétrica de 280 km (de acordo com o Inmetro).

A Grand Brasil teve dois lançamentos recentes. O BYD King é um sedã híbrido plug-in, com autonomia elétrica de até 120 km. O Song Pro é um SUV com autonomia de 49 km só com o motor elétrico (modelo GL) e 78 km (GS).

Vendas de veículos eletrificados devem crescer 60% em 2024
O BYD Song GL é um veículo híbrido plug-in (Divulgação/Grand Brasil)

Já a Volvo Car do Brasil sabe da importância do eixo entre a capital paulista e a cidade de Campinas, que engloba Jundiaí e Alphaville. “Estas são áreas com um poder aquisitivo elevado, dois pontos importantes para o nosso negócio”, ressalta Marcelo Godoy, que acrescenta: “O Estado de São Paulo é, como um todo, nosso principal mercado. Prova disso é que vamos inaugurar concessionárias em Santos, Piracicaba e Presidente Prudente ainda este ano”.

O mais recente modelo lançado pela marca, o Volvo EX30, possui, vamos dizer um preço mais acessível. “O EX30 faz parte da estratégia da Volvo de levar, com segurança, mais pessoas ao mercado de carros elétricos. Trouxemos um carro inovador, tecnológico, seguro e com a menor pegada de carbono de qualquer Volvo elétrico da história. É um grande passo em direção aos nossos objetivos de longo prazo”, afirma o executivo.

Durante o período de pré-venda do EX30, a companhia observou um novo público para a Volvo. “Enquanto a faixa etária média dos clientes dos nossos outros modelos estava em torno de 50 anos, com o EX30, a gente consegue atingir um público maior, com uma média de idade de 35 anos. Isso mostra que é um carro para todas as faixas etárias e que tem como um dos principais atrativos ser uma porta de entrada para o universo dos veículos premium”, diz ele.

Desde o seu lançamento, em maio de 2024, o EX30 passou de 1.300 emplacamentos, alcançando a marca de carro premium mais vendido do Brasil, no mês de junho, segundo a marca. Inclusive, está confiante que o modelo será primordial para dobrar o volume de vendas de veículos em 2024, em comparação ao anterior.

Vendas de veículos eletrificados devem crescer 60% em 2024
O BYD Dolphin Mini é 100% elétrico (Divulgação/Grand Brasil)

Qual escolher: híbrido ou elétrico?

Um fator que influencia bastante nesta decisão, é a questão da infraestrutura de recarga do veículo elétrico. Há poucos eletropostos no Brasil, com a maioria instalada no Estado de São Paulo. Por isso, na hora da escolha, é preciso levar em conta qual a principal utilização do seu carro: se será para deslocar-se até o trabalho ou para viajar.

“Em cidades como São Paulo, dependendo da dinâmica da família, eu tenho clientes que optaram por um híbrido e um elétrico. O elétrico é usado no dia dia, para ir para trabalho, região central, avenidas Paulista e Juscelino Kubitschek, por exemplo, onde há prédios com carregadores. Agora para viajar, é mais complicado. Dependendo da distância, é preciso contar com eletropostos no meio do caminho e, caso não encontre, o seguro pode ter que ser acionado. Por isso, o híbrido, por enquanto, pode ser a melhor alternativa”, afirma Renato Salmeron, da Auto Simples.

Em sete anos, a Volvo investiu na construção de mais de 1.000 eletropostos no Brasil, oferecendo conveniência e gratuidade a clientes de veículos eletrificados. Agora, a empresa passará a cobrar recarga de outras marcas que utilizarem seus aparelhos. “Este novo passo se faz necessário para seguirmos na evolução desta infraestrutura de forma segura, abrangente e com o objetivo de aprimorar cada vez mais nosso atendimento e cobertura”, afirma Marcelo Godoy. Em rodovias, por exemplo, a empresa está realizando investimentos de R$ 70 milhões para a instalação de 101 eletropostos de carregamento rápido. Até agora já colocou 51 em funcionamento.

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Os modelos XC60 e o XC90 da volvo Car Brasil possuem tecnologia híbrida, com autonomia elétrica de 55 km e 50 km, respectivamente (Divulgação/Volvo)

Desafio do mercado de carros eletrificados

Novas alíquotas de importação de veículos elétricos entraram em vigor no dia 1º de julho, variando de 18% a 25%, dependendo do modelo. Todas as alíquotas devem chegar a 35% até julho de 2026, podendo até ser antecipada. Mas, isto deve atrapalhar a comercialização de veículos elétricos?

O especialista Renato Salmeron acredita que a alíquota de 35% não encarecerá muito os modelos. “Além dos subsídios dados pelo governo chinês, os fabricantes querem conquistar mercado. Para isso, não acredito que chegarão a repassar 35% aos valor dos modelos, diminuindo até sua margem de lucro para ter um ter cliente fiel”, diz ele.

Já para Marcel Adipietro, da Grand Brasil, as novas alíquotas de importação para veículos elétricos e híbridos podem representar desafios para a comercialização desses veículos. “Os preços dos veículos podem aumentar, tornando-os menos acessíveis para os consumidores e menos competitivos em comparação com os veículos fabricados localmente. Isso pode levar a uma redução na demanda por veículos elétricos e híbridos, além de desacelerar a adoção de tecnologias mais sustentáveis, impactando metas ambientais”, explica Adipietro.

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O especialista Renato Salmeron, da Auto Simples (Divulgação/Arquivo pessoal)

Programa Mover

No dia 27 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Programa Mover, com foco na produção de veículos com mais eficiência energética e sustentabilidade ambiental, passando a ser o mais novo marco regulatório de emissão de carbono no Brasil. Ao todo, são R$ 19 bilhões disponibilizados em créditos financeiros para empresas habilitadas no programa.

Portanto, a eletrificação dos veículos é um item importante para a redução de emissões de gases do efeito estufa. “O Programa Mover incentivará investimentos em pesquisa e desenvolvimento, promoverá um futuro mais sustentável e eficiente para o setor automotivo brasileiro. Estamos preparados para instruir nossos clientes sobre os benefícios desses veículos e fornecer o suporte necessário para uma transição suave para uma mobilidade mais sustentável”, afirma Marcel Adipietro, da Grand Brasil.

Glossário

Os eletrificados incluem todas as tecnologias: BEV 100% elétricos, PHEV híbridos elétricos plug-in, HEV flex e a gasolina (não plug-in) e os híbridos-leves MHEV, com baixa grau de eletrificação. Entenda os tipos de híbridos:

  • PHEV híbridos elétricos plug-in – combinam motores elétricos e baterias maiores com carregamento por fonte externa. Logo, podem ser recarregados em estações para veículos elétricos.
  • HEV flex e a gasolina (não plug-in) – com baterias e motores elétricos que auxiliam a unidade a combustão. Como não possui fonte externa de recarga, a bateria é abastecida pelo próprio motor ou com o reaproveitamento da energia cinética das frenagens.
  • Micro-híbridos MHEV – híbrido leve. O motor elétrico atua como um motor de arranque para ligar o propulsor a combustão e dá um impulso nas acelerações, ajudando na economia de combustível.

Fonte: Via Digital Motors.

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