O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, negou pedido de suspensão de liminar da 1ª Vara Cível da Comarca de São Roque que prorrogou o afastamento do cargo de prefeita de Araçariguama, Lili Aymar (PDT). Ela responde a um processo por supostamente ter cometido crime de improbidade administrativa.
Em sua decisão, o presidente Pinheiro Franco levou em conta os riscos de manter Lili à frente da Prefeitura, “no nebuloso cenário em que se encontra envolvida, tanto mais presentes indícios concretos de potencial comprometimento da instrução”. “Restará à requerente, por corolário, a utilização das vias recursais normais para a veiculação de sua insurgência, como aliás já o fez, ainda que frustrada, ao menos por ora, a tutela recursal de urgência postulada”, diz a sentença.
Lili foi afastada do cargo após a prisão do marido, o ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar, em 15 de outubro do ano passado. Ele foi flagrado recebendo propina dentro do Paço Municipal. Além dele, o secretário de Governo na época, pastor Israel Silva. O Ministério Público de São Paulo apontou indícios que Carlos Aymar era quem comandava de fato o Poder Executivo do município.
Na época, a promotoria elencou diversos fatos que levaram o juiz da 1ª Vara Civel de São Roque acatar o pedido de afastamento. Após ficar preso no presídio do Tremembé, Carlos Aymar foi beneficiado com a prisão domiciliar no dia 28 de março.