Após passar por um fim de ano turbulento em que chegou a ser preso perto de tomar posse, por conta da Operação Caça-Fantasmas, o prefeito de Osasco, Rogério Lins (PTN), agora encara o primeiro choque com um de seus principais aliados, após a nomeação do secretariado.
O osasquense foi o último na região a concluir a montagem do primeiro escalão, após retardar o anúncio no começo do ano. Com a participação do PT e de membros da gestão do ex-prefeito Jorge Lapas (PDT) no governo, a relação esfriou entre Lins e o ex-prefeito Francisco Rossi (PR).
“Se não posso falar bem, prefiro não falar mal”, afirmou Rossi, que alegou estar ‘decepcionado’. “Estou numa fase de observação. Confesso que estou muito surpreso com a nomeação de tantos secretários ligados ao PT, é majoritariamente petista o secretariado”, afirmou.
A vice-prefeita é esposa de Rossi e Ana Paula Rossi (PR) é secretária de Educação, um dos principais orçamentos da gestão. No entanto, a disputa por postos criou um mal-estar.
“Confesso que estou muito decepcionado, nada contra as pessoas. Eu queria lembrar que o Rogério passou a campanha inteira desmentindo qualquer vínculo político com o PT ou com o [ex-deputado] João Paulo. Ele tem que explicar direitinho essa coisa do PT”.
Segundo Rossi, os dois se conversaram apenas uma vez, após a posse de Lins. Procurado por diversas vezes, o prefeito não retornou.
Partidos
Ao falar do secretariado ‘majoritariamente’ petista, Rossi citou a nomeação de Gustavo Anitelli (Cultura), candidato a vice de Valmir Prascidelli (PT) na eleição, e de Marco Antonio Villela (Habitação) ‘ligado a João Paulo’ e até membros que oficialmente deixaram a sigla como Gelso de Lima (Governo). Citou também Emília Cordeiro (Comunicação) e o fato de ter chamado três membros da gestão de Lapas (PDT) – Pedro Sotero (Finanças), Dulce Cazzuni (Trabalho) e Suzete Franco (Assistência Social). Lins também nomeou membros do PSDB, como a Saúde com Vido, Délbio Teruel (PMN) (Esportes) e um primo de Cláudio Piteri (PPS), Carlos Piteri.