Após ser um dos políticos mais importantes da região, o prefeito de Barueri, Gil Arantes (DEM), adotou o silêncio e a reclusão perto de encerrar seu terceiro mandato. O democrata anunciou que não disputaria a reeleição em 2016, em meio a problemas de saúde e denúncias que lhe enfraqueceram politicamente.
Com a reclusão, ele não criou problemas para o retorno de Rubens Furlan (PSDB), seu padrinho político e com quem havia rompido em 2010. Neste ano, um sinal de paz foi lançado entre os dois, tanto que Gil pediu para os vereadores de sua base que procurassem o tucano. Furlan evita criticar o atual prefeito, apesar de afirmar que é necessário reconstruir o município.
O enfraquecimento de Gil veio por dois caminhos. O prefeito teve problemas de saúde e a família pediu para que deixasse a vida pública. Politicamente, a situação se deteriorou a partir de 2015, quando o Tribunal de Justiça pediu o afastamento por denúncias sobre suas duas primeiras gestões. Ele retornou após 15 dias com uma liminar.
A desistência também evitou uma disputa acirrada contra Furlan, em meio à crise econômica. “Não vou quebrar a cidade pela reeleição”, disse em fevereiro.
O prefeito tem ido do gabinete para casa, conforme relato de pessoas próximas. Final solitário de quem começou o governo com o mote de ‘Juntos Governamos’.
O Giro S/A tentou falar com Gil nos últimos meses, mas não obteve retorno.