Com a nova regra que impede a doação de empresas para as campanhas eleitorais, os próprios políticos têm sido os principais doadores. De acordo com as primeiras prestações de contas foram arrecadados R$ 3,5 milhões por candidatos que disputam às prefeituras da região oeste. Do total, R$ 1,7 milhão veio do bolso do próprio candidato e outros R$ 887 mil dos partidos. O maior valor declarado na prestação de contas é do ex-prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), com R$ 1,2 milhão arrecadado, valor integralmente desembolsado por ele mesmo e pelo vice Roberto Piteri (PPS). A cidade tem R$ 3,4 milhões como teto de gastos no 1o turno.
Em Carapicuíba, Marcos Neves (PV) colocou R$ 190 mil dos R$ 210 mil arrecadados para a eleição. O candidato a prefeito de Osasco Rogério Lins (PTN) teve R$ 375 mil recebidos, dos quais R$ 325 mil vieram da sua sigla, enquanto Celso Giglio (PSDB) desembolsou R$ 100 mil e Lapas (PDT) R$ 60 mil dos R$ 260 mil doados.
A reforma política do ano passado estabeleceu que apenas pessoas físicas podem fazer a contribuição. “O cidadão comum nunca doou de verdade, ele sempre ficou de fora da política”, aponta o professor de sociologia Rogério Baptistini, que crítica o modelo deste ano. “Os grandes partidos e candidatos que detém grandes máquinas têm uma vantagem nítida sobre os candidatos novos e dos pequenos partidos”, avaliou.
região
Mais de 20 candidatos já declararam valores
Nas cidades da região oeste, 23 candidatos a prefeito já apresentaram algum dado em sua prestação de contas. Na eleição deste ano, a regra determina que sejam informadas as doações a cada 72 horas. Em Cotia, cinco candidatos já divulgaram dados, com o vereador Rogério Franco (PSD) com R$ 212 mil, o ex-prefeito Quinzinho Pedroso (PSB) com R$ 191 mil e Adilson Lima (Rede) com R$ 63 mil em doações. Em Santana de Parnaíba, Elvis Cezar (PSDB) recebeu R$ 246 mil para a campanha, enquanto, em Itapevi, Igor Soares (PTN), tem R$ 262 mil e Dra. Ruth (PTB) outros R$ 210 mil para a disputa.
