Com paralisação de diversos setores devido a pandemia, o ramo imobiliário sofre com o aumento do desemprego, empresas em dificuldade financeira, entre outros problemas.
Medidas do governo tentam minimizar os efeitos da quarentena no mercado dos imóveis. Um projeto de lei foi aprovado no início do mês para alterar prazos para aplicações da lei quando o assunto é o não pagamento em relações comerciais como locação de imóveis.
De acordo com a matéria aprovada por senadores, uma pessoa não poderá ser despejada por falta de pagamento do aluguel até 30 de outubro.
E a Caixa Econômica Federal anunciou recentemente novas medidas para o mercado de crédito imobiliário, como carência para novos financiamentos, aumento do tempo de pausa nos contratos e renegociação de dívidas, tanto para pessoas físicas quanto para as construtoras. No total, as ações representam R$ 43 bilhões em recursos no mercado imobiliário nos próximos meses.
As medidas poderão beneficiar mais de 5 milhões de famílias e preservar cerca de 1,2 milhão de empregos.
A Caixa implementou a pausa de 90 dias no financiamento habitacional, para clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra. Também há carência de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos.
O banco anunciou ainda a renegociação de contratos com clientes em atraso entre 61 e 180 dias, permitindo pausa ou pagamento parcial das prestações e a antecipação de até 20% dos recursos do financiamento à produção de empreendimentos para obras a serem iniciadas.
As construtoras também poderão fazer o pagamento parcial da prestação do financiamento, por até 90 dias, para os clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso.
Será permitida ainda a prorrogação de carência por até 180 dias, para os projetos com obras concluídas e em fase de amortização. Outra possibilidade é a prorrogação do início das obras por até 180 dias.
A Caixa também passará a admitir a reformulação do cronograma de obra, nos casos de contingências na execução por questões decorrentes da pandemia de Covid-19.