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Ministério Público investiga irregularidades no Sameb

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A Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Gerir, contratada pela Prefeitura de Barueri, é alvo de diversas investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e de Goiás (MPGO), sede da instituição, além de ações na Justiça Comum e do Trabalho. A instituição foi selecionada pelo município em agosto do ano passado para administrar o Pronto Socorro e Maternidade “Nair Leitão”, conhecido como Sameb.

Em Barueri, a Organização está na mira do MPSP, que apura denúncias de irregularidades na contratação e gestão da unidade. Já o Ministério Público do Trabalho apura anormalidades nasubstituição de médicos concursados e experientes por outros terceirizados, com vínculos precários e salários desvalorizados.

Desde o mês passado, a Promotoria intimou o município para responder aos questionamentos do MPSP, porém a intimação foi ignorada e outro ofício foi expedido questionando a municipalidade.

A reportagem recebeu diversas reclamações referentes ao Sameb. Entre eles estão falta de materiais, insumos e mau atendimento. Um munícipe, por exemplo, que sofreu um AVC aguardou mais de 43 dias para ser transferido para um hospital. Em outra situação, uma paciente relatou a falta de profissionais. “Uma enfermeira me falou que só tinha duas técnicas atendendo 17 leitos”, afirmou.

“Por fora, uma fachada elegante e suntuosa chama a atenção, por dentro macas e cadeiras nos corredores acomodam os pacientes do Sameb”, relata Eder Gatti, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). De acordo com Gatti, é uma tentativa de desmonte da saúde de Barueri. A gestão municipal prometeu oferecer “medicina de rico para o povo pobre e hoje tenta desmontar a saúde de Barueri”, completa.

Até o fechamento desta edição nem o Instituto Gerir nem o secretário de Comunicação de Barueri responderam aos questionamentos da reportagem por e-mail e telefonemas.

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