Empresa de e-commerce substitui a Americanas, que deve pedir recuperação judicial após descobrir dívidas que chegam a R$ 40 bilhões. Mercado Livre deve desembolsar R$ 100 milhões no patrocínio
Uma das maiores empresas de e-commerce e de serviços financeiros da América Latina, o Mercado Livre, com sede em Osasco, fechou contrato de patrocínio na 23ª edição do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo, que começa na segunda-feira (16), após a novela “Travessia”. Entre os participantes do programa, três deles representam a cidade de Osasco.
A empresa adquiriu a cota Big, com valor estimado em R$ 100 milhões. A cota inclui a participação em provas e atividades rotineiras do programa, como festas e ativações pontuais. O Mercado Livre assume o posto de patrocinador master e substitui a Americanas, que saiu do programa de entretenimento após as notícias de “inconsistências contábeis” que somam R$ 20 bilhões – a dívida total chega a surpreendentes R$ 40 bilhões.
Em nota, o diretor de marketing do Mercado Livre, Cesar Hiraoka, afirmou que a marca está entusiasmada com a possibilidade de entrar na casa mais vigiada do Brasil.
“O Mercado Livre já entra na casa de milhões de brasileiros todos os dias, levando pacotes que carregam necessidades, desejos e até mesmo sonhos. Identificamos neste projeto um grande potencial de amplificar nosso propósito de democratizar o comércio, levando uma experiência de excelência em e-commerce a todo o Brasil”, afirmou Hiraoka. O executivo acrescentou: “Será uma grande oportunidade de potencializar as conexões com o público consumidor e empreendedores de todo o País, comunicando benefícios e vantagens de todo nosso ecossistema.”
ROMBO BILIONÁRIO
A empresa B2W Digital, com escritório em Alphaville, Barueri, é a detentora da plataforma da Americanas. Em 2022, a marca registrou crescimento de 50% nos acessos ao seu site e aplicativo depois de patrocinar uma das dinâmicas do programa da Globo. O principal reality show do Brasil tem potencial para alcançar mais de 160 milhões de pessoas, conforme estimativa dos organizadores.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, concedeu medida de tutela de urgência cautelar a pedido da Americanas após o anúncio da descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões no dia 11 de janeiro.
A medida teria a capacidade de suspender a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da varejista. Além disso, adiaria a obrigação da empresa de pagar suas dívidas até que um eventual pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça.
O juiz deu prazo de 30 dias para que a Americanas peça recuperação judicial, caso seja o caminho escolhido.
*Com informações de G1 e InfoMoney.