Menos de 30% dos partidos renovam suas lideranças
O estudo mostrou a baixíssima rotatividade entre lideranças da Executiva, cuja média é de 24%.
Plenário da Câmara Municipal de Osasco (Foto: Ricardo Migliorino/CMO)
Pesquisa do Movimento Transparência Partidária analisou a composição das Executivas Nacionais (EN) e dos Diretórios Nacionais (DN) de todos os partidos políticos brasileiros já registrados, em um período de dez anos (2007-2017). O estudo mostrou a baixíssima rotatividade entre lideranças da Executiva, cuja média é de 24%. O destaque negativo foi o PP, que apresenta 0% de renovação tanto na Executiva quanto no Diretório Nacional. Já o PSDB surpreende negativamente com 31% de renovação na EN e 29% no DN, mesmo tendo realizado nove eleições de cúpula, nos últimos dez anos. Já as elevadas taxas de rotatividade nos quadros de comando petistas – 68% de renovação na EN e 59% no DN podem ser explicadas pelos desgastes sofridos por antigas lideranças do PT com os processos do Mensalão e da Lava-Jato. Com relação ao PMDB, sua posição próxima à liderança do ranking, com 56% de oxigenação na Executiva e 49% no Diretório, se dá em função do aumento de assentos nas instâncias de comando do partido, que quase dobrou na última década, passando de 23 para 45 membros.