“Bares e restaurantes precisam de reparação. Estado e Prefeitura devem cobrar da Enel uma resposta”, afirma Édson Pinto, presidente da entidade, a Fhoresp
A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) vai acionar judicialmente a Enel, com o objetivo de responsabilizar a concessionária de energia elétrica pelos prejuízos causados ao segmento por conta do apagão, que começou na sexta-feira (11) na capital e na região metropolitana. Mais de 2,1 milhões de paulistanos ficaram sem luz.
A entidade sindical federativa reúne 24 sindicatos patronais, que representam mais de 502 mil estabelecimentos. Do total, 50% estão na região afetada pela interrupção de energia elétrica que ainda continua em alguns pontos. Segundo a Fhoresp, a medida legal é necessária, tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos.
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Entidade: sem energia, geladeira e freezer
Por conta da falta de luz, bares e restaurantes ficaram impossibilitados de funcionar. Aos sábados e domingos, via de regra, de acordo com a Federação, a movimentação em endereços gastronômicos chega a ser triplicada em comparação com dias úteis.
“E, infelizmente, não é só o dia não faturado. Além do bar e do restaurante não conseguirem abrir as portas para funcionar, pois estão sem energia elétrica, estes estabelecimentos não têm como acondicionar matéria-prima. Sem energia – sem geladeira, sem freezer. Os produtos perecíveis estão estragando. É um prejuízo terrível”, questiona Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp e da presidente do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região (Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes, Bares, Padarias, Buffets, Casas Noturnas e Similares)
Este é o segundo apagão de grandes proporções decorrente de temporais que impactam drasticamente os setores de Turismo e de Alimentação no Estado de São Paulo. Em novembro de 2023, o blecaute que atingiu a capital paulista e a região metropolitana provocou um prejuízo de R$ 500 milhões para o setor, segundo cálculos da Fhoresp.
A Federação colocou seu Departamento Jurídico à disposição dos associados. O objetivo é, primeiramente, notificar a Enel e, depois, mediar ações individuais na Justiça que requeiram indenização por parte da Enel e de outras concessionárias de energia que atuam na capital, na região metropolitana e em cidades do interior.
“Não é possível que, por mais de uma vez, em menos de um ano, a Enel faça isso com o setor e com os consumidores em geral. E não são só os produtos que estragam, e os clientes que vão embora; não se trata, tão somente, das portas fechadas. As contas e os impostos não param de chegar, e a folha de pagamento é sagrada. Portanto, os bares e os restaurantes precisam de uma reparação real por parte da distribuidora de energia, além de apoio do Estado e da Prefeitura, que devem cobrar da Enel uma resposta”, finaliza Édson Pinto.

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