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Inflação dispara: pelo 2º mês consecutivo, valor da cesta básica aumenta nas capitais

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O óleo de soja foi um dos produtos que mais registrou aumento em abril (Divulgação/Freepik)

Nos últimos meses, o consumidor brasileiro leva um susto a cada ida ao supermercado. No mês de abril, o valor da cesta básica cresceu novamente em todas as capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. São Paulo registrou alta de 5,62, ficando em 4º lugar. Apesar da pesquisa só incluir capitais, o aumento de preços é sentido na região metropolitana oeste de São Paulo.

O óleo de soja registrou aumento em todas as capitais. “Antes da pandemia, custava de R$ 3,80 a R$ 4,30. Durante a pandemia, de R$ 6,60 a R$ 7,20. E este ano, de R$ 9 a R$ 9,90”, relembra Cristiano Frank, proprietário de um restaurante no Centro Comercial Alphaville.

Além dos itens comuns da cesta básica, outros alimentos tiveram aumento no mês. “O que mais assustou entre março e abril foram os preços do hortifruti, como cenoura, tomate e mandioquinha. Antes, eu pagava, já com aumento, R$ 6, R$ 7 o quilo. Agora, o valor dobrou”, afirma Frank.

As campeãs no aumento de preços da cesta básica foram as cidades de Campo Grande, MS (6,42%), Porto Alegre, RS (6,34%) e Florianópolis, SC (5,71%). A menor variação foi observada em João Pessoa, PB (1,03%).

Alguns produtos
As variações do preço do óleo de soja oscilaram entre 0,50% e 11,34%. Os altos preços internacionais e a elevada demanda externa pelo produto pressionaram as cotações no varejo.

O preço do quilo do pão francês também subiu em todas as cidades entre março e abril. Houve redução da oferta de trigo no mercado externo, por causa do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Além disso, internamente, a valorização do dólar em relação ao real fez com que o produto importado chegasse mais caro ao Brasil. Também a farinha de trigo, coletada na região Centro-Sul, apresentou elevações significativas em quase todas as capitais.

Cesta básica e salário mínimo
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 803,99). Com base nela e na determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família – alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência – o Dieese estima que para manter quatro pessoas, o salário deveria ser 
equivaler a R$ 6.754,33. Ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212. 

Em março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100.


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