A elevação nos preços da ceia tem levado famílias a buscar alternativas para manter as tradições à mesa sem comprometer o orçamento
Como o Jornal Giro noticiou, os itens tradicionalmente consumidos na ceia de Natal devem ficar 5,8% mais caros este ano. A projeção da Confederação Nacional de Comércio (CNC) é baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro.
A elevação nos preços tem levado muitas famílias a buscar alternativas para manter as tradições à mesa sem comprometer o orçamento. Pensando nisso, Camila Dornelles, nutricionista da UBS Jardim São Bento, gerenciada pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, dá dicas de como economizar, sem deixar de lado o sabor e as delícias da festividade.
“Antes de tudo, é necessário elaborar uma lista com antecedência para evitar colocar no carrinho itens desnecessários. Outro ponto é que comprar em feiras e mercados locais costuma ser mais econômico, além de garantir produtos mais frescos do que os encontrados em supermercados”, afirma Camila.
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Ceia: outras dicas
Confira mais sugestões para ter mais controle financeiro nas compras para a ceia de Natal:
- Realize uma pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos. Promoções e descontos surgem de última hora. Portanto, fique atento. A partir delas, é possível poupar dinheiro.
- Planeje as quantidades corretas para evitar desperdícios é outro cuidado essencial. “Por isso, estimar a quantidade de comida necessária por pessoa pode ser um método eficaz, todos comem e o consumo é feito de forma mais consciente”, orienta a profissional.
- Aposte em frutas, legumes e verduras da estação para incrementar a mesa. Entre as frutas, as opções com melhor custo-benefício são abacaxi, banana, manga, melão, melancia e laranja. As frutas tropicais, como caju e caqui, também costumam ser mais baratas nesta época do ano. No grupo dos legumes, abóbora, abobrinha, batata, berinjela, cenoura, vagem e beterraba se destacam. Quanto às verduras, alho-poró, agrião, alface, coentro, espinafre, repolho roxo, rúcula, salsinha e pepino são boas escolhas. “As castanhas e frutas secas, geralmente caras, podem ser trocadas por algumas dessas frescas da estação. O azeite, que está com preço nas alturas, pode dar lugar a óleos, como os de soja ou canola, que são ideais para temperos e molhos, e a margarina pode ser usada em receitas de farofas e tortas”, acrescenta a nutricionista.
- Para reduzir os custos das proteínas, que costumam ser os itens mais caros da ceia, a dica é apostar em alternativas mais acessíveis, mas igualmente saborosas. “O frango assado, por exemplo, pode substituir o tradicional peru e ganhar um toque especial com temperos natalinos, como ervas finas e especiarias. Cortes como coxa e sobrecoxa são ainda mais econômicos e garantem pratos suculentos”, destaca a profissional.
- Para preparações como tortas ou recheios, a carne moída é uma excelente escolha. O peito de frango desfiado também é uma boa pedida já que oferece versatilidade e ótimo rendimento. O tender, outro clássico, pode ser substituído por opções como carne suína desfiada ou costelinha, que oferecem sabor próximo por um preço mais barato. “Àqueles que preferem peixes, opções como sardinha, tilápia e pescada são mais acessíveis e podem ser adaptadas em receitas similares às preparadas com bacalhau. Uma tilápia temperada com alho e limão, assada juntamente com batatas e cebolas, é um prato leve e nutritivo”, complementa ela.
- Há sobremesas econômicas bastante populares e que agradam ao paladar da maioria das pessoas. “A rabanada, preparada com pão amanhecido, leite, ovos, açúcar e canela, é uma opção prática e tem a cara do Natal. Outras alternativas são mousse de maracujá, feito com leite condensado, suco de maracujá e creme de leite; e o bolo de frutas da estação, que além de ser econômico e fácil de preparar, pode ser decorado para harmonizar com o tema da festa”, conclui Camila.
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