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Câmara de São Paulo instala CPI para investigar coleta de íris de moradores da capital

Investigação na CPI deve levar até 120 dias (Divulgação/Câmara de SP)

Presidida por Janaína Paschoal, CPI vai apurar escaneamento biométrico de cidadãos, contrapartidas financeiras e possível violação à Lei Geral de Proteção de Dados

A Câmara Municipal de São Paulo instalou, nesta segunda-feira (19), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a coleta de dados biométricos, especificamente o escaneamento da íris, de moradores da capital paulista. A CPI será presidida pela vereadora Janaína Paschoal (PP) e terá duração de até 120 dias.

A comissão será composta por sete vereadores: além da presidente Janaína Paschoal, integram o grupo Silvão Leite (União Brasil), Ely Teruel (MDB), Gilberto Nascimento (PL), Gabriel Abreu (Podemos), João Ananias (PT) e Toninho Vespoli (PSOL). A relatoria dos trabalhos ficará a cargo do vereador Ely Teruel.

O objetivo da CPI é apurar a atuação de empresas privadas que coletaram dados sensíveis da população, como a íris dos olhos, e que, segundo denúncias, ofereciam contrapartidas financeiras aos cidadãos em troca da participação no procedimento de escaneamento. A prática levanta suspeitas sobre possíveis violações à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que classifica informações biométricas como dados sensíveis e de tratamento restrito.

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De acordo com órgãos federais de controle, qualquer coleta e tratamento de dados biométricos deve seguir critérios rigorosos de consentimento, segurança da informação e finalidade pública ou legalmente autorizada. A CPI da Íris, como já tem sido chamada, pretende investigar, entre outros pontos, quais empresas atuaram na capital com essa finalidade, quais dados foram armazenados, e se houve compartilhamento indevido com terceiros.

A investigação será acompanhada de perto por especialistas em proteção de dados, representantes do Ministério Público e órgãos de fiscalização digital. A expectativa é que os trabalhos tragam mais transparência e reforcem os limites legais sobre o uso da tecnologia de biometria ocular em espaços urbanos.

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