O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), usou um culto da Igreja Lagoinha, em Alphaville, na noite de segunda-feira (18), para reforçar seu vínculo religioso e defender integrantes de sua equipe. Em discurso de cerca de duas horas, o governador afirmou que “a humilhação de hoje será a justiça de amanhã” e que “não dá para brincar com as coisas de Deus”. As declarações lembram a fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chamou de “suprema humilhação” a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para usar tornozeleira eletrônica.
No púlpito, Tarcísio intercalou passagens pessoais com mensagens de fé, dizendo que só aceitou concorrer ao governo em 2022 por incentivo da esposa, Cristiane Freitas, e descreveu sua gestão como marcada por “desafios impossíveis” superados com a ajuda de Deus. Ao tratar da segurança pública, elogiou o secretário Guilherme Derrite (PP), a quem classificou como “o melhor do Brasil”, e anunciou investimentos em câmeras de vigilância e inteligência artificial para o combate ao crime.
O governador também reagiu a pressões de veículos de comunicação pela saída de secretários, como Renato Feder, da Educação. “Nunca vou entregar a cabeça de um secretário por pedido da imprensa. O dia que eu fizer isso, perco a liderança”, declarou. O evento contou com a presença de autoridades como Gilberto Kassab (PSD), secretário de Governo, e parlamentares aliados.
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