O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou um vídeo, nas redes sociais, nesta terça-feira (7) pedindo desculpas pela brincadeira feita durante coletiva sobre os casos de intoxicação por metanol no estado. Durante a apresentação do balanço das ações contra o metanol nas bebidas, Tarcísio disse que só “iria se preocupar com o assunto no dia que começassem a adulterar Coca-Cola”. A declaração causou grande repercussão nas redes sociais.
“Errei. Ontem, ao prestar contas das ações do governo do estado no âmbito da crise do metanol, no momento em que falávamos das várias medidas que estamos tomando, como o convênio com o setor privado para o combate à falsificação, as proposições legislativas que pretendemos apresentar, a destruição de bebidas de origem duvidosa em estoque, o aperfeiçoamento da logística reversa das garrafas, o programa de qualidade para distribuidores e comerciantes, a suspensão das inscrições na fazenda, acabei fazendo uma brincadeira para descontrair a coletiva que foi muito mal interpretada e que de fato não cabia naquele momento em face da gravidade do que vem acontecendo”, diz o vídeo.
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Ainda no vídeo, o governador pediu perdão às famílias que perderam parentes em decorrência de intoxicação por metanol e também aos comerciantes afetados com a fiscalização. “Perdão às famílias que sofrem por terem perdido entes queridos, aos comerciantes que estão vendo os seus negócios sofrerem, aos que dão duro, ao público que quer uma ação firme do estado, que quer segurança. Não tenho compromisso com erro. Nosso compromisso é com as pessoas, é resolver a crise, é dar tranquilidade às famílias. Não é a primeira vez que eu venho aqui pedir desculpas. Não será a última. Estou ciente das minhas limitações, das minhas falhas”, completa.
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O estado de São Paulo concentra a maior parte dos registros do país de intoxicação pelo metanol em bebidas, com 18 casos confirmados, segundo o último boletim divulgado. Há 158 sendo investigados e 38 casos foram descartados.
Antídoto contra o metanol
O fomepizol, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, deve chegar ao Brasil ainda nesta semana, segundo informou Fabiana Sanches, diretora de Assuntos Médicos da Daiichi Sankyo Brasil, farmacêutica responsável pelo fornecimento do medicamento.
De uso exclusivamente hospitalar, o fomepizol será importado dos Estados Unidos em caráter emergencial e distribuído pelo Ministério da Saúde. A negociação envolveu também a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar da urgência, a entrega ainda depende de trâmites burocráticos.
O antídoto não será vendido em farmácias nem poderá ser adquirido pela população. Trata-se de um medicamento injetável, administrado por via intravenosa sob supervisão médica.
O metanol, usado na indústria como solvente e em produtos químicos, é altamente tóxico quando ingerido. No organismo, ele se transforma em substâncias que danificam o fígado, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e morte. Casos graves também podem levar à falência renal e pulmonar.
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