As vendas do varejo em maio de 2022 aumentaram 6,9%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2021. Em termos nominais (que não considera o desconto da inflação), a alta registrada foi de 23,9%. O varejo registrou o sétimo mês seguido de alta. Esses são os números do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), criado pela empresa do segmento de serviços financeiros sediada em Barueri.
A expansão das vendas está relacionada à base comparativa de maio de 2021, período atingido por restrições ao funcionamento do comércio devido a pandemia da covid-19. O mesmo fenômeno foi registrado nos meses anteriores.
Porém, efeitos de calendário acabaram prejudicando o ICVA em 2022. Houve uma terça-feira a mais, dia de movimento menor no comércio, e um sábado a menos, dia em que as vendas costumam ser mais fortes, em comparação com o mesmo mês de 2021. Eliminando estes efeitos, em termos nominais, o varejo registrou aumento de 24,2%. Na visão deflacionada, o crescimento no volume de vendas foi de 7,1% sem os efeitos de troca de dias.
Para Diego Adorno, gerente de produtos de dados da Cielo, empresa com sede localizada em Barueri, o varejo continua em recuperação. “O mês de maio é o sétimo seguido de alta nas vendas, mas é possível observar uma desaceleração em relação ao mês anterior. Isso acontece porque o comércio em maio do ano passado, objeto da comparação, sofreu menos com restrições que do que o mês de abril de 2021. Excluindo a inflação, o varejo ainda não voltou ao patamar observado antes da pandemia”, afirma Adorno.
Inflação
Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou elevação de 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,47% no mês de maio de 2022, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior. O grupo que mais impactou o índice foi o de Transportes, com crescimento de 1,34%.
Setores
Todos os macrossetores apresentaram alta em relação a maio de 2021, descontada a inflação e com o ajuste de calendário. O destaque no macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis foi o segmento de Vestuário. No macrossetor de Bens Não Duráveis, o segmento de Postos de Gasolina foi o que mais colaborou para o aumento do faturamento no mês de maio deste ano. Já o macrossetor de Serviços, Turismo e Transporte foi o segmento com maior crescimento.
Regiões
De acordo com o índice deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a maio do ano passado. A região Sudeste registrou elevação de 8,3%, seguida da região Norte (+7,5%), Sul (+7,2%), Nordeste (+4,5%) e Centro-Oeste (+4,4%). Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com maio do ano passado, as vendas na região Sudeste subiram 27,1%, seguida da região Sul (+21,4%), Nordeste (+20,9%), Norte (+19,5%) e CentroOeste (+19,2%).







