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Varejo: vendas cresceram 18,0% no mês de março, aponta Índice Cielo

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Instalada em Alphaville, Barueri, empresa acompanha todo mês a evolução do varejo brasileiro (Francisco Cepeda/Giro S/A)

As vendas no Varejo cresceram 18,0% em março de 2022, descontada a inflação, em comparação com igual período do ano passado. Em termos nominais (que não considera o desconto da inflação), a alta registrada foi de 33,4%. Esses são os números do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), criado pela empresa do segmento de serviços financeiros sediada em Barueri.

O aumento expressivo está fortemente relacionado com a base comparativa. Em março de 2021, o comércio foi afetado pela adoção de medidas de isolamento mais restritivas, decorrente do ressurgimento com maior intensidade da pandemia da covid‐19.

Por outro lado, efeitos de calendário prejudicaram o resultado do índice. O principal fator foi o Carnaval, celebrado em março enquanto em 2021 a data caiu no mês de fevereiro. Nem o fato de ter havido uma quinta‐feira – dia tradicionalmente de vendas fortes no comércio – a mais foi capaz de compensar a queda provocada pelo Carnaval. Desconsiderando os ajustes de calendário, o índice nominal apresentou crescimento de 34,9% e, descontando a inflação, 19,3%. De acordo com o Head de Inteligência da Cielo, Pedro Lippi, mesmo com o aumento expressivo das vendas registrado em março, o Varejo ainda não voltou ao patamar verificado antes da pandemia. 

“Nosso índice, quando deflacionado, mostra que as vendas ainda estão 6,4% abaixo. Os setores de serviço, como Turismo e Transporte e Bares e Restaurantes, apesar dos crescimentos observados nos últimos meses, ainda estão abaixo do período pré pandemia, bem como o setor de Vestuário.”, afirma Lippi. “Mesmo diante desse cenário, é possível dizer que o Varejo está em processo de retomada. Março foi o quinto mês seguido de alta”, acrescenta o Head de Inteligência da Cielo.

INFLAÇÃO 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 11,3% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 1,62% em março. O preço da gasolina, que elevou 6,95%, foi o que mais impactou o índice. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 13,03% em março, acelerando em relação ao índice registrado no mês anterior. 

SETORES 

 Os macrossetores de Bens Duráveis e Semiduráveis e de Serviços registraram aceleração nas vendas em relação a fevereiro, descontada a inflação e com o ajuste de calendário. Já Bens Não Duráveis sofreu desaceleração. O setor de Vestuário destacou-se no macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis. 

No macrossetor de Bens Não Duráveis, o segmento de Turismo e Transportes colaborou consideravelmente para a sua aceleração. O mesmo macrossetor foi impactado negativamente pelo setor de Drogarias e Farmácias. 

REGIÕES 

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a março de 2021. A região Sul registrou alta de 24,1%, seguida da região Centro‐Oeste (+24,0%), Norte (+20,3%), Nordeste (+19,4%) e Sudeste (+18,2%). Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com março de 2021, as vendas na região Centro‐Oeste aumentaram 39,1%, seguida da região Sul (+38,2%), Nordeste (+36,0%), Sudeste (+33,3%) e Norte (+31,5%).

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