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Taxa Selic: Copom eleva juros básicos para 11,25% ao ano

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A taxa Selic influencia todas as taxas de juros do País, como as taxas dos financiamentos imobiliários (Divulgação/Freepik)

A elevação recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central aumentar o ritmo de alta da Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A elevação recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. As informações são da Agência Brasil.

Fazendo uma retrospectiva, após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto no período de agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, iniciando o aumento da Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

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Política fiscal e EUA

O Copom informou, por meio de um comunicado, que está acompanhando a política fiscal e cobrou ajustes dos gastos públicos. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, ressaltou o órgão.

O comunicado aborda ainda que a incerteza nos Estados Unidos se ampliou. O texto mencionou “a conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Federal Reserve, Banco Central norte-americano]”.

Taxa Selic: Copom eleva juros básicos para 11,25% ao ano
Copom cobra ajustes dos gastos públicos (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Taxa Selic

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do País, como as taxas de juros dos empréstimos, das aplicações financeiras e dos financiamentos, como os imobiliários. Quando a Selic está elevada, as taxas de juros dos financiamentos também tendem a subir, o que torna o crédito imobiliário mais caro. 

A inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o IPCA, considerado a inflação oficial, subiu para 0,44%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a bandeira vermelha nas contas de luz e o preço dos alimentos, que subiu por causa da seca no início do semestre, contribuíram para a elevação. O IPCA de outubro só será divulgado na sexta-feira (8).

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,42% em 12 meses, cada vez mais próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

Com informações de Agência Brasil.

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