Carapicuíba garante que não consegue bancar gratuidade; Cotia realiza estudo de viabilidade. Barueri, Osasco e outras cidades não se posicionaram sobre o tema
Circular em uma frota de ônibus dentro de uma cidade sem pagar tarifa. Este é o propósito do programa Tarifa Zero que tem conquistado a adesão de diversos municípios brasileiros. Entre as 12 cidades que compõem um consórcio na região oeste da Grande São Paulo, o município de Vargem Grande Paulista foi o primeiro, em 2019, a adotar a gratuidade no transporte coletivo. Já em 2020, foi a vez de Pirapora do Bom Jesus adotar o sistema.
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Entretanto, a medida que pode levar alívio ao bolso do trabalhador da região, enfrenta resistência entre alguns gestores municipais. O motivo é o valor do subsídio que deverá ser ofertado às empresas.
O jornal Giro procurou todas as prefeituras municipais da região e questionou se existe ou não um estudo de impacto financeiro e de viabilidade para implantação do modelo. Porém, até o fechamento desta reportagem, apenas Cotia e Carapicuíba responderam às solicitações.
Tarifa zero: Carapicuíba não tem recursos para o subsídio
Por meio de nota, a Prefeitura de Carapicuíba afirmou que questões financeiras impedem a adesão ao sistema. “O debate sobre a implantação da tarifa zero deve ser pautado pela gestão responsável. Dos 5.568 municípios brasileiros, apenas 72 aderiram ao programa. Carapicuíba não irá adotar o tarifa zero pela impossibilidade de subsidiar as empresas de transporte coletivo. Com a menor arrecadação do Estado, Carapicuíba está totalmente impossibilitada de arcar com o custo do sistema, o que certamente iria comprometer os serviços essenciais, inviabilizando o funcionamento de setores como saúde, educação ou segurança, por exemplo”, diz o texto.
Cotia realiza estudo de viabilidade sobre a tarifa zero
Já o município de Cotia informou que estuda a viabilidade da tarifa gratuita. “O estudo visa apurar aspectos técnicos, operacionais e financeiros da implantação da gratuidade no transporte”, explicou a nota da administração.
No final do ano passado, durante uma reunião do Cioeste, o prefeito Rubens Furlan (PSDB), se manifestou contra a tarifa zero, alegando que a gratuidade retiraria dinheiro da saúde e educação.
Porém, mesmo com a resistência, o tema tem ganhado atenção dos vereadores. Camila Godói (PSB/Itapevi) e Fabião (PSDB/Barueri) já apresentaram documentos solicitando à implantação da tarifa zero nas cidades.
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*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.