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Segurança 24h: atualmente, 92 escolas são monitoradas por cerca de 2.000 câmeras em Barueri

Agentes da GCM durante ronda escolar em Barueri (Divulgação / Secom)

Instituições de ensino possuem totens de segurança instalados na entrada das unidades, com botões do pânico, câmeras e microfones para que qualquer cidadão acione a central de monitoramento

As últimas semanas têm sido de tensão entre pais, alunos e professores de todo o País. No dia 27 de março, uma professora morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos, na capital paulista. No dia 5 de abril, quatro crianças foram mortas em uma ataque a uma creche na cidade de Blumenau, SC.

Na região oeste da Grande SP, nas cidades que compõem o consórcio Cioeste, os momentos de apreensão não têm sido diferente, motivados principalmente por uma série de informações de procedência duvidosa que circulam pelas redes sociais e WhatsApp.

Casos rapidamente solucionados em escolas de Barueri e região
Conforme noticiado pelo GIRO, nas últimas semanas, Barueri, Cotia, Osasco e Santana de Parnaíba registraram alguns incidentes, todos devidamente solucionados com a rápida ação dos responsáveis pelas instituições de ensino, com o apoio das autoridades policiais. Em Barueri, por exemplo, estudante ameaçou professora na escola pública EMEF Estevan Placêncio, localizado na região central. O indivíduo teve uma réplica de arma de fogo apreendida pela GCM.

Já em Osasco, no último dia 3, PM apreende adolescente de 14 anos com faca, canivete e estiletes. O caso ocorreu na Escola Estadual Neuza de Oliveira Previde, no Baronesa. O menor de idade, e os objetos confiscados foram encaminhados ao 10º Distrito Policial da cidade. No local, o estudante, acompanhado de um responsável, prestou depoimento. Ambos foram liberados na sequência. A ocorrência foi registrada como contravenção penal de porte de arma branca e apreensão. O caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude de Osasco.

Em Santana de Parnaíba, no último dia 29 de março, a Secretaria Municipal de Educação afastou um aluno, de 15 anos, que ameaçou realizar ataque contra estudantes na Escola Municipal Antônio Carlos Jobim, no bairro Tamboré, região de Alphaville. Equipes da Ronda Escolar da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Municipal (GCM) foram deslocadas para a unidade. O autor das mensagens foi identificado [sua identidade será preservada] e, segundo a direção, é uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As intimidações feitas pelo rapaz foram compartilhadas em publicações nas redes sociais e mensagens no WhatsApp, no fim de semana (25 e 26). O garoto estudava no Colégio Mackenzie e havia sido transferido recentemente para o Tom Jobim.

Novas ameaças
O feriadão de Páscoa foi marcado pelo sucessivo compartilhamento de mensagens em redes sociais e no WhatsApp sobre possíveis novos ataques, com foco em instituições de ensino de escolas de cidades da região, principalmente Barueri, Carapicuíba e Osasco. Importante salientar que departamentos de inteligência dos órgãos de segurança monitoram essas mensagens em tempo real e rapidamente conseguem identificar os seus autores via rastreamento do dispositivo por meio do IP, bem como o endereço geográfico em caso de smartphone.

Mais de 270 possíveis ataques frustrados
A Polícia Civil de São Paulo informou no começo de abril que identificou – no ambiente virtual ou escolar – um aumento de situações que indicam planos de possíveis ataques em escolas. De acordo com o órgão, no período de 27 a 31 de março, foram 279 casos registrados.

Com exceção do ataque à escola de São Paulo, nenhum dos casos foi consumado. O comunicado da Polícia Civil diz ainda que o seu setor de inteligência frustrou, entre 11 e 12 de março, “dezenas de possíveis atos violentos em escolas”, conforme noticiado pelo portal da “CNN Brasil”.

O que diz a Prefeitura de Barueri
Procurada pela reportagem do GIRO, sobre as últimas ameaças compartilhadas pelas redes sociais e grupos de WhatsApp, a Secretaria de Comunicação do município enviou a seguinte nota:

“Em todas as escolas da rede de ensino de Barueri funcionam o sistema de segurança, por intermédio de totens e do avançado videomonitoramento 24 horas. Cerca de 2 mil câmeras estão distribuídas nas 97 unidades escolares do município, sendo 92 instaladas nas escolas ativas e cinco nas que estão em reforma ou em reconstrução. Os totens de segurança instalados nas portas das escolas contam com botões do pânico, câmeras e microfones, onde qualquer munícipe pode entrar em contato com a central de monitoramento 24 horas. Os equipamentos contam ainda com um conjunto de câmeras e microfones que, a partir de um Centro Integrado de Controle e Comando, permitem monitorar as localidades em 360 graus de forma simultânea, disponibilizando, entre outras vantagens, o zoom para aproximação da verificação de ocorrências, além de um canal de comunicação direto com as forças policiais. Para complementar a segurança dos alunos e de todo corpo docente da rede de ensino de Barueri também são realizadas as rondas escolares promovidas pelos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM).”

Governo federal discute a criação do Disque Denúncia
No último dia 6, o grupo de trabalho interministerial criado para propor políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas, realizada na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, DF, anunciou que foram discutidas ações imediatas e outras a serem adotadas em médio e longo prazos para combater o problema.

A primeira proposta é a criação de um disque denúncia, um canal telefônico para relatos de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. “É importante as pessoas se anteciparem, se notarem um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a alguma pessoa na rua, no bairro. Então, queremos ver a viabilidade de criar esse canal de denúncia de violências nas escolas o mais rápido possível e ter esse canal mais ágil”, destacou Camilo Santana, ministro da Educação. (*com informações da “Agência Brasil“).

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