Após seis meses da municipalização, moradores ainda sofrem com os longos congestionamentos, principalmente nos horários de pico
A municipalização de um trecho da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), na cidade de Taboão da Serra, acaba de completar seis meses. A ação foi promovida pela gestão do atual prefeito José Aprígio (Podemos). Aos munícipes, a justificativa foi a de que ao assumir o controle de parte da rodovia, a prefeitura poderia realizar melhorias mais específicas e rápidas para reduzir os congestionamentos.
No entanto, a realidade enfrentada pelos moradores e motoristas que utilizam a via tem sido diferente. Os congestionamentos permanecem severos, principalmente durante os horários de pico, quando milhares de veículos se deslocam pela rodovia em direção à capital ou para outras cidades da região.
Os moradores reclamam da falta de ações efetivas por parte da gestão municipal para resolver o problema. Relatos indicam que, em alguns trechos, o trânsito ficou ainda pior após a municipalização, com sinais de trânsito mal sincronizados e falta de infraestrutura adequada para suportar o volume de veículos.
As cidades vizinhas, como Embu das Artes, também sentem os efeitos negativos da municipalização. O prefeito Ney Santos, foi um dos mais críticos. Ele argumentou que a decisão foi tomada unilateralmente, sem consulta ou diálogo com as prefeituras vizinhas.
Além dos congestionamentos, muitos motoristas que circulam pelo trecho municipalizado da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Taboão da Serra, têm reclamado da instalação dos novos semáforos. No total, já são três praças semafóricas em cruzamentos específicos, um deles próximo ao Shopping Taboão. A medida visa diminuir o trânsito e garantir fluidez, mas tem causado confusão para moradores e motoristas.
Especialista fala sobre a Régis Bittencourt
A reportagem do Jornal Giro consultou um especialista que falou sobre a estratégia de municipalização do trecho da Régis Bittencourt, realizada pela Prefeitura de Taboão da Serra. Para o arquiteto e urbanista Cléverson Fiuza, o trânsito é um resultado das cidades que cresceram, sem planejamento, ao lado de rodovias.
“Hoje, com o natural aumento do volume de tráfego da rodovia, apesar do Rodoanel, ela, a BR116, se tornou uma importante barreira, separando a cidade em duas. Olhando assim, percebe-se que qualquer melhoria na circulação transversal da rodovia irá, inevitavelmente, favorecer ainda mais o crescimento urbano dos dois lados da rodovia, aumentando ainda mais o problema”, explicou.
Fiuza também alerta que é necessário um amplo investimento para solucionar o problema. “Uma proposta definitiva consiste em uma solução 3D, isto é, a rodovia correndo abaixo ou acima da malha viária urbana”, finalizou Fiuza.
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