Estudos mostram que a pandemia no Brasil ainda avança e que, provavelmente, ainda não chegamos ao pico pandêmico. Mesmo assim, p presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, defende a retomada segura das atividades, observando protocolos de distanciamento e uso de máscaras
Na tarde desta quinta-feira (4), Skaf participou de videoconferência com representantes do grupo Reformar para Mudar, do Secovi-SP e ao falar sobre o atual momento, defendeu a retomada das atividades e afirmou que isso já deveria ter ocorrido. “Essa pandemia foi um acidente de percurso, que gerou um grave problema social e graves turbulências políticas, mas é hora de conduzir a situação com serenidade. O que não quer dizer que a economia deve continuar fechada, falar de quarentena é coisa do passado, a hora é de reativar a economia, seguindo os protocolos de segurança. O mundo todo está falando em retomada”, disse o presidente.
O Brasil é o único país que, a partir do 50º dia de epidemia, manteve a curva de aceleração da Covid-19. Nos demais países, na mesma época, a pandemia começou a desacelerar.
“Todos devem voltar ao trabalho”
No entanto, a paralisação de muitos setores importantes na cadeia produtiva em detrimento de outros foi citada por Skaf, que exaltou plano de retomada da atividade econômica apresentado pela Fiesp há quase dois meses, em que defende que, exceto o grupo de risco, todos devem voltar ao trabalho. “Ninguém está pregando descuidado com a saúde. As pessoas mais frágeis devem estar protegidas, como os que estão nos grupos de risco, e todo o restante deve voltar a trabalhar, tomando todas as medidas preventivas, de modo seguro e escalonado”, explicou Skaf, que afirmou que hoje (5) participaria de um almoço com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, embora o compromisso não constasse da agenda oficial do presidente.
Para o encontro com Bolsonaro, Skaf afirmou que levaria ideias e sugestões apresentadas na reunião com o Secovi. Na pauta: rapidez no pagamento dos auxílios governamentais, aceleração da liberação de crédito, principalmente para o pequeno empresário, bem como a redução de burocracia, queda dos juros e do spread bancário, além da continuidade das reformas.