Defesa do padre de Osasco solicitou ao ministro Alexandre Moraes a devolução do celular, notebook e passorte apreendidos há mais de um ano pela Polícia Federal
A defesa do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que atua na paróquia São Domingos, em Osasco, entrou com um pedido, nesta terça-feira (11), para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorize a devolução de seu passaporte, celular e notebook.
O religioso foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2023, mas não foi incluído na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 18 de fevereiro deste ano. Na ocasião, a PGR formalizou acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado.
Segundo informações do Portal Metrópoles, o celular (modelo iPhone 15 Pro Max), o notebook (também da marca Apple) e o passaporte foram apreendidos, em fevereiro de 2024. Desde então, os itens estão retidos com a PF, em Brasília.
Caso do padre de Osasco: entenda um pouco mais da denúncia
O acusado, José Eduardo de Oliveira e Silva, integra a diocese osasquense e, conforme as investigações, teria participado de uma das reuniões sobre o plano golpista no Palácio do Planalto.
Além do sacerdote, outras 37 pessoas foram indiciadas no processo. Conforme a PF, a reunião ocorreu no dia 19 de novembro de 2022 e contou ainda com a presença do ex-assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins, e do advogado Amauri Feres Saad.
O sacerdote foi alvo de mandado de busca e apreensão pela PF em 8 de fevereiro de 2024. Na ocasião, o padre foi apontado como suspeito de integrar o “núcleo jurídico” que daria apoio ao movimento. No dia 8 de novembro, o líder religioso prestou depoimento na unidade da Polícia Federal, na capital paulista.
Conhecido nas redes sociais por gravar vídeos no Youtube, debatendo temas como guerra cultural, aborto e a influência ruim das músicas e divas pop na vida de crianças e adolescentes, o religioso é doutor Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma, Itália).
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O padre de Osasco já teceu críticas a cantoras como Madonna e Luiza Sonza. Desta última, via um vídeo, ele analisou a letra das músicas e o simbolismo de clipes de canções como “Campo de Morango”. “É de uma baixaria que a gente fica realmente constrangido”, disse.
O padre de Osasco é conhecido por acompanhar canais e podcasts de destaque no espectro político da extrema-direita, incluindo conteúdos produzidos pela Brasil Paralelo e o canal do economista alinhado ao bolsonarismo Rodrigo Constantino.
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