A família da vítima suspeita que a agressão violenta tenha sido provocada por uma mulher com quem a jovem teve desavenças em razão de suposto relacionamento amoroso
Segue ainda sem solução o caso da moradora do distrito de Caucaia do Alto, distrito de Cotia, encontrada gravemente ferida e com os dentes quebrados. O crime foi divulgado no último dia 4 de abril. A vítima, identificada como Mikaeli Gonçalves, de 24 anos saiu de casa e, para cortar caminho, passou pelos trilhos do trem, momento em que foi atacada por uma pessoa desconhecida e desmaiou.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, na segunda-feira (24), a jovem relatou que não se lembrava de quase nada no incidente e contestou a postura da Polícia Civil na condução das investigações. Os investigadores afirmaram para a família de Mikaeli que a principal hipótese é de que ela tenha sido atropelada por um trem quando passava perto dos trilhos, versão contraposta por ela e os parentes.
“Infelizmente, ainda não lembro de nada… Apenas que estava indo trabalhar e, de repente, acordei no hospital Depois, dei meu depoimento na delegacia, mas tudo o que eu falava, eles descartavam. Diziam que, do ponto de vista deles, um trem teria batido em mim, fazendo com que eu rolasse e batesse o rosto”, explicou a jovem.
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Mikaeli teve ferimentos no rosto e no corpo e, após ser socorrida, foi levada ao hospital, onde permanece internada. Ela chegou a ser internada na UTI com hemorragia interna. Além disso, teve o braço e a clavícula quebrados e perdeu todos os dentes da frente. A jovem afirmou que suas últimas lembranças, antes de perder os sentidos, foi de ter visto um trem distante e vindo na direção contrária em que caminhava.
Além disso, ela também destacou ao “Globo” que a circunstância não foi registrada em nenhuma câmera de segurança ou que o trem não ter parado para prestar socorro, como já ocorreu em outros casos de atropelamento. A vítima ainda revelou que suspeita de mulher com quem se relacionou no ano passado e que teria feito ameaças por não aceitar o fim do relacionamento.
“Em novembro do ano passado eu tive um caso com uma menina que me ameaçou. Ela jurou que se me encontrasse na rua ia me pegar e acabar com a minha vida. Mas, como eu saio muito cedo para o trabalho e chego muito tarde em casa, nunca havia esbarrado com ela. A minha família suspeita dela. Pode ser que ela não tenha feito com as próprias mãos, ou pode não ter sido ela, também. Vamos ver se a polícia consegue concluir essa investigação”, reiterou Mikaeli.
Segundo a polícia, nada foi roubado e não houve estupro. Tudo indica que um estilete foi usado pelo agressor, que agiu pelas costas. Reportagem do jornal “O Globo” publicou nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
De acordo com a instituição, a ocorrência foi registrada como lesão corporal no 1º Distrito Policial de Cotia, onde o caso é investigado. O órgão destacou que as autoridades policiais realizam o levantamento de imagens e buscam testemunhas para elucidar o crime.
