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Mapa de abalos do Centro de Sismologia da USP aponta relatos de tremores em Cotia e Osasco

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Entre os municípios da Região Metropolitana da Grande SP, que integram o consórcio Cioeste, de acordo com o Centro de Sismologia da USP, os abalos foram confirmados em duas delas até o momento: Cotia e Osasco (Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (16), ocorreu um tremor de terra de magnitude 4.0 na escala Richter no Vale do Ribeira. O abalo foi sentido por moradores de mais de 20 municípios do estado de São Paulo

Um abalo sísmico foi registrado na manhã desta sexta-feira (16) no Vale do Ribeira, localizado no sul do estado de São Paulo, conforme confirmado pela Defesa Civil estadual. O tremor ocorreu por volta das 8h20 e teve uma magnitude de 4.0° na escala Richter, com epicentro entre as cidades de Miracatu (25 km), Iguape (28 km) e Itariri (32 km), numa área pouco habitada, de acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo especialistas do Centro de Sismologia da USP, esse tipo de abalo sísmico, com magnitude entre 3,5° e 5,4°, é perceptível, mas geralmente não causa danos estruturais significativos. Eles ressaltaram que o tremor pode ter sido sentido em um raio de até 100 km do epicentro. Até o momento, não foram registrados chamados de emergência para o Corpo de Bombeiros ou para a Defesa Civil relatando vítimas ou danos estruturais.

Cotia e Osasco no mapa divulgado pela USP

Entre os municípios da Região Metropolitana da Grande SP, que integram o consórcio Cioeste, de acordo com o Centro de Sismologia da USP, os abalos foram confirmados em duas delas até o momento: Cotia e Osasco. Em redes sociais como Instagram e Twitter, há relatos de moradores de cidades como Barueri, Carapicuíba, Cajamar e Santana de Parnaíba, que afirmam ter sentido os tremores, de leve a moderada intensidade.

Mapa de abalos do Centro de Sismologia da USP aponta relatos de tremores em Cotia e Osasco
Pelas redes sociais, há relatos de moradores de Osasco que confirmaram ter sentido tremores (Evandro Pereira / Jornal Giro S/A)

Municípios que relataram tremores até o momento: Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Franco da Rocha, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Juquiá, Juquitiba, Osasco, Peruíbe, Registro, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo, Taboão da Serra.

Abalos do tipo não são preocupantes

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, tremores de terra desta magnitude não são raros no Brasil. Em média, duas vezes por ano ocorrem magnitudes acima de 4 em algum lugar do País. O litoral sul do estado de São Paulo é uma zona relativamente ativa, comparada a outras regiões do estado. Em Julho de 1946 ocorreu um tremor em Cananéia com magnitude 4.6 na escala Richter.

Não se sabe ainda por que esta região do estado de São Paulo tem relativamente maior atividade
sísmica do que outras. Mas, uma hipótese possível é que nesta região a placa da América do Sul é mais
fina, resultando em maior concentração de pressões geológicas na crosta superior. Magnitude 4 não chega a causar preocupação.

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Efeitos na região epicentral (felizmente pouco habitada) podem incluir pequenas trincas em reboco, queda de telha e outros objetos instáveis, e pequenos danos em casas de baixa qualidade. Os relatos recebidos pela USP não indicam nenhum efeito mais grave.

Mapa de abalos do Centro de Sismologia da USP aponta relatos de tremores em Cotia e Osasco
Aparelhos usados na medicação de tremores de terra no Centro de Sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) (Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação)

A Rede Sismográfica Brasileira também detectou o tremor e explicou que abalos de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil. Esses eventos são geralmente causados por pressões geológicas que resultam no movimento de pequenas fraturas na crosta terrestre.

A Defesa Civil emitiu alertas para os celulares cadastrados, recomendando que as pessoas se protejam, apesar de não haver risco iminente de danos graves.

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