O mercado de leilões imobiliários na Grande São Paulo tem se mostrado cada vez mais atrativo, com imóveis disponíveis em diferentes perfis e preços abaixo do valor de mercado. Segundo Fábio Carvalho Souza, CEO e sócio-fundador da Delta Flow Investimentos/BTG, a procura é impulsionada tanto por investidores quanto por quem busca a primeira moradia.
“Comprar um imóvel em leilão pode ser uma excelente estratégia, especialmente se você busca economia, agilidade e oportunidades únicas”, afirma. Entre as vantagens, ele cita descontos expressivos, rapidez no processo, diversidade de ofertas e potencial de valorização.
Atualmente, casas representam cerca de 30% dos imóveis leiloados, geralmente de padrão médio e em áreas urbanas. Apartamentos correspondem a 27%, com grande procura em centros urbanos, e terrenos urbanos somam 19,2%, principalmente para investidores e construtoras. Imóveis comerciais e de alto padrão aparecem com menor frequência, mas podem oferecer grandes oportunidades.
“O número de imóveis de alto padrão em leilão tem crescido muito, impulsionado por inadimplência, falências empresariais, heranças e disputas judiciais”, acrescenta Fábio. Ele ressalta que os descontos podem variar de 30% a 60%, dependendo da fase do leilão, e que a concorrência tende a ser menor em imóveis de luxo.
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Perfil dos compradores em leilões
Segundo dados do Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 92,6% dos compradores são pessoas físicas, com idade média de 43 anos e ticket médio de R$ 361 mil. Entre eles, há os que buscam moradia e os que compram para investir, seja para revenda ou aluguel.
Na cidade de São Paulo, há atualmente mais de 8.500 imóveis em leilão, distribuídos por mais de 800 bairros. “O mercado está em plena expansão, onde há muitas oportunidades disponíveis e uma crescente demanda por parte de investidores e compradores em busca de descontos expressivos”, afirma o executivo.
Riscos e cuidados com leilões
Embora atrativos, os leilões exigem atenção. “Sempre analisar os riscos de imóveis em leilão que podem sim ocorrer: imóvel ocupado, dívidas pendentes, problemas na matrícula, falta de vistoria, pagamento à vista e erro na leitura do edital — qualquer descuido pode gerar prejuízos”, alerta Fábio.
O comprador deve considerar despesas com regularização, possíveis custos de desocupação e honorários advocatícios. A análise documental é fundamental: editais, matrícula atualizada, certidões de ônus e débitos de IPTU e condomínio.
Estratégias para aproveitar oportunidades
Para iniciantes, o CEO recomenda planejamento e atenção. “Não gaste seus lances muito antes do leilão iniciar, não deixe para dar lance no último segundo e, se tiver algum compromisso próximo ao horário, use o recurso de lance automático.”
Investidores experientes adotam métodos rigorosos de avaliação, considerando localização, estado do imóvel, custos de regularização, retorno financeiro e potencial de valorização. Segundo Fábio, essas estratégias transformam o leilão em uma operação inteligente, e não em um jogo de sorte.
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