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IPCA sobe 0,48% em setembro, impulsionado pela energia elétrica

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Em São Paulo foi registrado variação de 10,62% na energia elétrica residencial (Arquivo Jornal Giro)

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de setembro foi de 0,48%, 0,59 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de -0,11% de agosto. O índice mede a inflação oficial do Brasil.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,17%, acima dos 5,13% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2024, a variação havia sido de 0,44%.

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IPCA: conta de luz mais cara

O grupo Habitação liderou a alta do IPCA, elevando 2,97% e contribuindo com 0,41 ponto percentual no índice geral, ao contrário do mês de agosto, quando caiu 0,90%. A energia elétrica impulsionou o aumento, subindo 10,31% em setembro.

Em São Paulo foi registrado variação de 10,62% na energia elétrica residencial. É importante resssaltar a continuidade da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

Veja na tabela a variação da luz residencial, por região pesquisada, em setembro, além dos acumulados no ano e em 12 meses:

RegiãoVariação (%)Variação Acumulada (%)
SetembroAno12 meses
São Luís27,3025,1522,65
Vitória12,3726,2517,99
Curitiba12,2414,4810,69
Goiânia12,108,499,96
Porto Alegre11,5018,329,78
Aracaju11,1619,8514,58
Rio de Janeiro10,718,923,16
São Paulo10,6225,5717,76
Brasília10,0711,492,56
Fortaleza9,4010,434,20
Campo Grande8,857,183,75
Belém8,059,466,58
Rio Branco7,864,84-2,11
Recife7,7315,6111,36
Belo Horizonte7,4917,2512,02
Salvador7,1310,205,03
Brasil10,3116,4210,64
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

No ano, a energia elétrica residencial acumula aumento 16,42%, destacando-se como o principal impacto individual (0,63 p.p.) no resultado acumulado do IPCA (3,64%). Em 12 meses, o resultado é de 10,64%, representando um impacto de 0,44 p.p. no índice acumulado do período (5,17%).

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IPCA: o grupo Alimentação e bebidas registrou queda na média de preços em setembro (Divulgação/Pexels)

IPCA: queda em setembro

Três dos noves grupos analisados pelo IBGE registraram queda:

  • Alimentação e Bebidas: -0,26%
  • Artigos de residência: -0,40%
  • Comunicação: -0,17%

Pelo quarto mês consecutivo, o grupo Alimentação e bebidas (-0,26%) registrou queda na média de preços. A variação de setembro foi influenciada pela alimentação no domicílio que caiu 0,41%, após a redução de 0,83% de agosto, com destaque para as quedas do tomate (-11,52%), da cebola (-10,16%), do alho (-8,70%), da batata-inglesa (-8,55%) e do arroz (-2,14%). No lado das altas sobressaem as frutas (2,40%) e o óleo de soja (3,57%).

A alimentação fora do domicílio registrou desaceleração na passagem de agosto (0,50%) para setembro (0,11%). No mesmo período, o subitem lanche saiu de 0,83% para 0,53%, e a refeição foi de 0,35% para -0,16%.

Alta no mês

Seis dos grupos pesquisados tiveram alta:

  • Habitação: 2,97%
  • Vestuário: 0,63%
  • Transportes: 0,01%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,17%
  • Despesas pessoais: 0,51%
  • Educação: 0,07%

No Vestuário (0,63%) elevaram os índices de roupa masculina (1,06%), roupa infantil (0,76%) e roupa feminina (0,36%). Já no grupo Despesas pessoais (0,51%) destacam-se pacote turístico – subiu 2,87% – o subitem cinema, teatro e concerto, que elevou 2,75%, após a queda de 4,02% em agosto, em razão da semana do cinema.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,17%), o plano de saúde (0,50%) causou o principal impacto no grupo (0,02 p.p.).

Após a queda de 0,27% registrada em agosto, a variação do grupo Transportes (0,01%), reflete a alta nos combustíveis (0,87%) que, em agosto, caíram em média 0,89%. À exceção do gás veicular (-1,24%), os demais combustíveis apresentaram variações positivas em setembro: etanol (2,25%), gasolina (0,75%) e óleo diesel (0,38%). No lado das quedas, destacam-se o seguro voluntário de veículos (-5,98%) e a passagem aérea (-2,83%).

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
AgostoSetembroAgostoSetembro
Índice Geral-0,110,48-0,110,48
Alimentação e bebidas-0,46-0,26-0,10-0,06
Habitação-0,902,97-0,140,45
Artigos de residência-0,09-0,400,00-0,01
Vestuário0,720,630,030,03
Transportes-0,270,01-0,060,00
Saúde e cuidados pessoais0,540,170,070,02
Despesas pessoais0,400,510,040,05
Educação0,750,070,050,01
Comunicação-0,09-0,170,00-0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Sobre o IPCA

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto de 2025 a 29 de setembro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de julho de 2025 a 29 de agosto de 2025 (base).

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