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​Governo de SP contrata mil psicólogos para atender alunos e professores

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Segundo Doria, mil psicólogos irão atender 3,5 milhões de estudantes e 250 mil professores e servidores no programa (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na quarta-feira (2) um novo programa assistencial de saúde mental para a rede estadual de ensino. No total, mais de mil psicólogos foram contratados para atender alunos, servidores, gestores e familiares das cinco mil escolas, por meio da ação “Psicólogos da Educação”. O comunicado foi feito durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “O programa Psicólogo da Educação já promoveu a contratação de 1.000 psicólogos para atender os 3,5 milhões de estudantes e 250 mil professores e servidores no estado de São Paulo. Já a partir de novembro esses psicólogos estarão trabalhando na rede pública de ensino”, disse o governador. 

Inicialmente, o atendimento será remoto, feito por meio de videoconferência em uma plataforma online. O monitoramento do programa será realizado pelas diretorias de ensino e cada escola terá cinco horas semanais de atendimento com um psicólogo. Com o aumento da demanda por mais consultas, serão aumentada a carga horária de cada unidade escolar. De acordo com o secretário estadual da Educação, Rossielli Soares, houve um aumento de casos de transtorno de ansiedade e depressão entre os alunos em decorrência do isolamento social.

Dados preocupam
De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha em junho deste ano, junto à Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Fures, 75% dos estudantes estão tristes, ansiosos ou irritados em decorrência da pandemia. O levantamento entrevistou 424 responsáveis por alunos da rede pública com idade entre 6 e 18 anos, dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio.

“Desde o período anterior a pandemia, a ansiedade é um dos fatores que mais afeta os educadores. 28% afirmam estar sofrendo ou ter sofrido algum tipo de depressão. Agora, quase 50% dos professores indicam que estão preocupados com a saúde mental”, declarou o secretário de Educação. “Ao menos 80% dos jovens hoje dizem que o lado emocional tem atrapalhado nos estudos. O aumento de ocorrência desses transtornos acaba afetando a própria aprendizagem”, acrescentou.

Já o Instituto Península, apontou em uma pesquisa feita com professores de todo o país, entre os meses de abril e maio de 2020, que 50% dos profissionais indicaram preocupação com a saúde mental durante a pandemia do coronavírus. O estudo mostrou que 55% dos professores declaram que gostariam ter acesso a suporte emocional e psicológico.

Volta às aulas
O governo de São Paulo anunciou que as aulas, tanto nas escolas particulares quanto nas públicas, em todos os níveis (educação infantil, ensino fundamental, médio e superior) vão retornar a partir da próxima terça-feira (8). Na região, Carapicuíba e Osasco não aderiram a medida e só voltaram com suas atividades escolares presenciais em 2021. Araçariguama, Barueri, Cotia, Jandira, Itapevi, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista ainda não confirmaram se irão retomar ou não as aulas presenciais.

A medida estima que todas as cidades do estado já estejam na fase amarela do programa flexibilização da economia, o Plano São Paulo, há pelo menos 28 dias nesta data. A volta às aulas devem seguir uma série de protocolos, como distanciamento mínimo de 1,5 entre os alunos. Para isso, numa primeira etapa, apenas 35% dos alunos vão regressar. O ensino à distância deve ser combinado com o presencial até o retorno completo dos estudantes.

Na segunda etapa, 70% dos alunos voltam às escolas para as aulas presenciais, mas isso somente ocorrerá se 60% dos departamentos de saúde do estado estiverem em um ciclo de 14 dias na fase verde do plano de flexibilização. Na terceira, de 80% a 100% de ocupação das salas, mas somente se todos estiverem ainda na fase verde.

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