Deputado Glauber Braga, do PSOL, protesta contra parecer do Conselho de Ética que recomenda sua cassação após episódio de agressão a integrante do MBL
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) completa nesta quarta-feira (16/4) sete dias em greve de fome, acampado no Plenário 5, localizado no corredor das comissões da Câmara dos Deputados. Desde que o Conselho de Ética aprovou o parecer favorável à cassação de seu mandato, no dia 9 de abril, o parlamentar permanece no local em protesto.
Visivelmente debilitado e com sinais de desgaste físico, Glauber já perdeu 4 Kg ao longo da manifestação. Ele dorme em um colchão improvisado dentro do plenário e conta com o apoio de aliados, que levaram até uma planta para o espaço. A segurança da área é feita em esquema de revezamento pela Polícia Legislativa da Casa.
Durante os sete dias de jejum, o deputado tem se mantido apenas com a ingestão de soro, isotônico, água de coco e água mineral. Ele utiliza as dependências da Câmara para necessidades básicas, como o banheiro próximo ao plenário e os chuveiros disponíveis. Exames médicos são realizados periodicamente para acompanhar sua condição de saúde.
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Entenda o caso
A ação que pode resultar na cassação de Glauber teve início após um episódio de agressão física envolvendo um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o parlamentar expulsando o opositor da Câmara com chutes, o que motivou uma representação formal apresentada pelo Partido Novo.
O Conselho de Ética votou pela cassação do mandato por 13 votos a 5. Caso a decisão seja mantida pelo plenário, Glauber poderá se tornar o primeiro deputado federal cassado exclusivamente por agressão física, já que situações semelhantes no passado foram punidas com sanções menos severas.
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