Segundo a Polícia, o sítio guardava materiais que podem ter sido utilizados para treinamento do crime organizado
Uma investigação da DISE de Osasco revelou a existência de um sítio que guardava armas, drogas e até drones, no município de São Pedro, no interior de São Paulo. O sítio foi descoberto durante a operação ‘Novo Domínio’.
A investigação teve início em julho deste ano, quando a Polícia Civil de Osasco aprendeu um caminhão em Presidente Prudente. Conforme matéria publicada pelo GIRO, o veículo, carregado com adubo, na verdade escondia 1,5 tonelada de maconha. A droga pertenceria a uma facção criminosa e seria distribuída em pontos de vendas do tráfico na região de Osasco.
Os investigadores descobriram que o veículo permaneceu por alguns dias em um sítio na área rural de São Pedro, indicando a existência de um imóvel que seria utilizado pelo crime organizado para armazenar os entorpecentes. A investigação apontou para um segundo imóvel, no município vizinho de Águas de São Pedro. Segundo a Polícia, os dois locais têm como proprietária uma empresa que movimentou quase R$ 10 milhões em três anos, e que não possui comprovação fiscal do valor.
Cumprimento de mandados
Nesta quarta-feira foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos dois municípios do interior paulista.
No primeiro endereço, do sítio em São Pedro, os policiais encontraram e apreenderam, em um quarto de uma das casas, dois drones, duas escopetas, mais de 470 munições, cinco coldres, carregadores de pistola, luvas, braceletes e uma balaclava, além de pen-drives, cartão de memória, computador, celular e aparelho para armazenamento de imagens de câmeras de monitoramento. Segundo a Polícia, o local também pode ter sido utilizado como um “centro de treinamento” para criminosos fortemente armados.
Já em Águas de São Pedro, a polícia recolheu um computador e diversos documentos que serão analisados ao longo da investigação. Não havia funcionários ou moradores no imóvel.
As investigações agora prosseguem para apurar crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
A operação contou com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público – Núcleo de Piracicaba e teve apoio operacional do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), por meio do Grupo Especial de Reação (GER), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e Serviço Aerotático (SAT). Também participou da ação o Grupo de Responsabilidade Tática (GRT) do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).
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