Parlamentares prestaram solidariedade a Vini Jr., que tem sofrido ataques de torcedores espanhóis. Políticos cobram posicionamento rígido das autoridades
Deputados federais e estaduais que possuem forte atuação nas 12 cidades que compõem consórcio de municípios da região oeste da Grande São Paulo prestaram solidariedade ao jogador brasileiro, Vinícius Júnior, do Real Madrid, que novamente foi vítima de racismo durante partida de futebol, nesse domingo (21), desta vez no Mestalla, onde ocorreu a partida contra o Valencia.
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Deputados de Osasco lamentam racismo contra Vinícius Júnior
Os insultos aconteceram desde o apito inicial e se estenderam por toda a partida. Das arquibancadas, os “torcedores” chamavam o atleta brasileiro de “macaco”. A cena foi transmitida para o mundo todo, que acompanhou a inexistência de ação de árbitro e outros integrantes do futebol espanhol que não tomaram medidas para impedir as agressões ao brasileiro.
A deputada federal Renata Abreu (Podemos) publicou mensagem, em suas redes sociais, onde aponta que o racismo é uma doença social e que a cura está na empatia. “Na luta contra o racismo, erguemos nossa voz em defesa do jogador Vinicius Júnior e de todas as vítimas dessa injustiça. É inadmissível que ainda tenhamos que conviver com esse tipo de crime”, lamentou a parlamentar que ainda pediu o fim da discriminação. “Chega de discriminação e intolerância. É tempo de construirmos uma sociedade justa e igualitária, onde sejam respeitados e valorizados, sem distinções”, completou.
O deputado federal delegado Bruno Lima (PP) manifestou solidariedade ao jogador brasileiro, por meio das redes sociais. “Lamentável. Mais um caso de racismo no futebol espanhol”, apontou.
Já o deputado Emidio de Souza (PT) cobrou das autoridades espanholas providências e lamentou que o jogador tenha mais uma vez sofrido agressões racistas. “Toda solidariedade ao craque Vinícius Júnior. As autoridades espanholas precisam tomar providências para combater o racismo que mais uma vez foi cometido contra o jogador brasileiro”, destacou Emidio.
Prefeito lamenta racismo contra Vinícius Júnior
O prefeito de Carapicuíba, Marcos Neves (PSDB), também usou as redes sociais para manifestar solidariedade ao atleta brasileiro. O gestor lembrou que o futebol é um esporte que já parou até uma guerra e sempre foi sinônimo de alegria. “O futebol é um esporte que já parou até guerra. É sinônimo de união e alegria. O que aconteceu com o Vinícius Júnior é inadmissível. O menino que só quer mostrar sua arte sofreu com o racismo, mais uma vez, e se viu indefeso no meio de tanta discriminação. O Brasil te abraça, Vini, e providências devem ser tomadas”, pediu o gestor.
Vinícius Júnior sofre constantes agressões
Mais uma vez, o atacante brasileiro foi alvo de racismo por parte de torcedores adversário que o xingavam. Nesse domingo, após todo tipo de ofensa, o camisa 20 do Real Madrid chegou a apontar quem eram as pessoas que começaram os coros contra ele, mas nada foi feito. Para completar, o jogador ainda terminou expulso por ter agredido com um soco o jogador adversário – Vinícius teria sido vítima de um “mata-leão”.
Mas a perseguição ao jogador brasileiro não é fato recente. Constantemente, o atleta tem sido alvo de xingamentos. Em janeiro deste ano, um boneco com a camisa do craque enforcado foi colado em uma ponte em Madri.
CBF condena racismo e cobra La Liga por punição
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, publicou nota de apoio ao jogador e cobrou punições por parte do time La Liga. “Até quando ainda vamos vivenciar, em pleno século XXI, episódios como o que acabamos de presenciar, mais uma vez, em La Liga? Até quando a humanidade ainda será apenas espectadora e cúmplice de atos cruéis de racismo? Até quando vamos precisar lembrar que racismo é crime? Até quando vamos ter que lutar por atitudes concretas e eficazes dentro e fora dos campos? Não há alegria onde há racismo. Você tem todo o nosso carinho e de todos os brasileiros, Vinícius. Não só você, mas todos que sofreram e sofrem com essa doença mundial, que é o racismo. A cor da pele não pode mais incomodar”, diz o presidente.
