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Dengue: Osasco, Cotia e mais dez cidades registram quase 2 mil casos

Itapevi realiza mutirões contra o Aedes (Célio Júnior./PMI/Secom Itapevi)

Os dados da Secretaria de Estado da Saúde referem-se de janeiro a dezembro de 2023. O Ministério da Saúde incluiu a vacina da dengue no SUS

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), as 12 cidades da região metropolitana oeste da Grande São Paulo que fazem parte de um consórcio registraram 1.935 casos de dengue de janeiro a dezembro de 2023. Osasco foi o município que apresentou a maioria de registros da doença: 1.150, seguido de Carapicuíba, com 90 casos.

O Ministério da Saúde incorporou, na quinta-feira (21), a vacina contra dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o primeiro País do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal (leia mais no final da matéria).

Dengue: veja outras cidades

Confira os casos de dengue em outros municípios da região:

  • Araçariguama – 124
  • Barueri foram – 160
  • Cajamar – 64
  • Cotia – 108
  • Itapevi – 26
  • Jandira – 45
  • Pirapora do Bom Jesus – 3
  • Santana de Parnaíba – 79
  • São Roque – 81
  • Vargem Grande Paulista – 5

Mais de 318 mil casos de dengue em 2023 no Estado de SP

O monitoramento de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, realizado semanalmente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), aponta que há casos confirmados de dengue em 626 municípios de São Paulo, o equivalente a 97% do Estado de SP. Até 23 de dezembro, foram registrados 318.996 casos e 284 óbitos pela doença.

Apesar da queda de 3,6% de confirmações em comparação com o mesmo período do ano passado, o Governo de SP alerta para a necessidade de prevenção durante o verão, estação que acelera o ciclo de reprodução do mosquito devido ao aumento das temperaturas e chuvas. 

“As condições climáticas dos meses que antecedem o verão e do próprio verão são favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento do número de casos das arboviroses urbanas no Estado de São Paulo. Enfrentar o mosquito é uma tarefa contínua e coletiva que envolve toda a sociedade”, explica Nathalia Cristina Soares Franceschi, assessora em saúde pública do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de SP.

Dengue: Osasco, Cotia e mais dez cidades registram quase 2 mil casos
Barueri também realiza campanhas com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção e do combate ao mosquito transmissor (Divulgação/Secom Barueri)

Prefeituras contra a dengue

Doenças transmitidas por vírus, fungos e parasitas, como a dengue, costumam ser mais frequentes no período de chuvas. Com o objetivo de prevenir e combater a doença, Prefeituras de municípios da Região Metropolitana Oeste da Grande SP que fazem parte de um consórcio já iniciaram suas ações preventivas para conter a doença ainda neste ano e no início de 2024. 

Em Itapevi, estão previstas mobilização social, controle do vetor e atividades preventivas. Agentes de endemias do Setor de Controle de Vetores deverão percorrer, no início de 2024, os bairros com maior índice de infestação do mosquito, priorizando áreas e criadouros que possam estimular a reprodução do Aedes. Os mutirões serão feitos todos os sábados. Os trabalhos serão realizados de fevereiro a maio de 2024.

Em Santana de Parnaíba, 174 profissionais visitam casas, terrenos, loteamentos e espaços públicos para orientar a população e eliminar possíveis criadouros de parasitas, como o Aedes Aegypti, além de orientar a população sobre formas de prevenção e cuidados para evitar outros tipos de doenças virais e infecciosas.

Recomendações para eliminar criadouros

• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água; 

• Descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura; 

• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas; 

• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água; 

• Tampar ralos; 

• Manter o vaso sanitário sempre fechado; 

• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes; e

• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais. 

A Secretaria da Saúde orienta a população a procurar um serviço de saúde ao apresentar qualquer sinal ou sintoma de dengue, como dores no corpo e febre.

Dengue: Osasco, Cotia e mais dez cidades registram quase 2 mil casos
Em Santana de Parnaíba são 174 agentes visitando residências e orientando sobre a doença e sua prevenção (Divulgação/Secom Santana de Parnaíba)

Vacina contra a dengue no SUS

A vacina contra a dengue, chamada de Qdenga, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou ter capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias. O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de quatro a 60 anos de idade.

A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro de 2024. Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.

Sobre a doença

A dengue é a arbovirose urbana mais comum nas Américas, principalmente no Brasil. A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas (em algumas situações, pode não haver sintomas). Nos quadros mais graves, podem surgir manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes. Segundo o Ministério da Saúde, todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações, que podem levar à morte.

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Há mais de 16 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos 12 municípios que compõem o consórcio *Cioeste. Essas cidades estão localizadas na Região Metropolitana da Grande São Paulo e possuem uma população que ultrapassa os 2,5 milhões de habitantes.    

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*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.

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