Itapevi e Santana de Parnaíba intensificaram ações de combate à dengue. A população é fundamental no combate ao mosquito Aedes Aegypti
Doenças transmitidas por vírus, fungos e parasitas, como a dengue, costumam ser mais frequentes no período de chuvas. Com o objetivo de prevenir e combater a doença, Prefeituras de municípios da Região Metropolitana Oeste da Grande SP que fazem parte de um consórcio já iniciaram suas ações preventivas para conter a doença ainda neste ano e no início de 2024.
Os municípios contam com a participação de população para eliminar os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor das arboviroses urbanas (dengue, zika e chikungunya).
Dengue: atividades preventivas
Em Itapevi, estão previstas mobilização social, controle do vetor e atividades preventivas. Os trabalhos envolvem um esforço conjunto entre as secretarias de Educação, Infraestrutura e Serviços Urbanos e o Setor de Fiscalização de Posturas Municipais.
Neste ano, na cidade, foram confirmados 24 casos de dengue e três casos de Chikungunya, um segue em investigação. Dois casos suspeitos de zika foram descartados.
Agentes de endemias do Setor de Controle de Vetores deverão percorrer, no início de 2024, os bairros com maior índice de infestação do mosquito, priorizando áreas e criadouros que possam estimular a reprodução do Aedes. Os mutirões serão feitos todos os sábados com datas a serem definidas em breve. Os trabalhos serão realizados de fevereiro a maio de 2024.
Em Santana de Parnaíba, 174 profissionais visitam casas, terrenos, loteamentos e espaços públicos para orientar a população e eliminar possíveis criadouros de parasitas, como o Aedes Aegypti, além de orientar a população sobre formas de prevenção e cuidados para evitar outros tipos de doenças virais e infecciosas.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), até novembro deste ano foram constatados 76 casos de dengue na cidade. No ano passado, os dados apontam 131 ocorrências de dengue.
Como eliminar os focos
A população é parte fundamental no combate ao mosquito, vistoriando sua residência, local de trabalho e vizinhanças. Focos do mosquito devem ser combatidos com a eliminação de recipientes com água parada. A destinação correta do lixo e o descarte de copos e garrafas em lixeiras, além da limpeza periódica das calhas, são ações fundamentais para garantir que o mosquito não se reproduza.
Outras medidas são:
- tampar ralos e vasos sanitários;
- verificar os materiais inservíveis, que devem ser colocados para coleta pública;
- tampar os tonéis e caixas d´água;
- limpar semanalmente com escova ou bucha os potes de água dos animais;
- retirar a água acumulada atrás da geladeira ou da máquina de lavar; e
- telar e tampar caixas d’água e não deixar acumular água em lajes, uma vez que a maior proliferação de larvas é encontrada nestes locais.
Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, principalmente ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura dos ovos pela fêmea em diversos criadouros.
SOBRE A DOENÇA
A dengue é a arbovirose urbana mais comum nas Américas, principalmente no Brasil. A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas (em algumas situações, pode não haver sintomas). Nos quadros mais graves, podem surgir manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes. Segundo o Ministério da Saúde, todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações, que podem levar à morte.
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*Cioeste: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.