Gustavo “Bala Loka”, Abner Teixeira e Diana Alecrim são os principais nomes da Região Oeste da Grande São Paulo em Paris; saiba mais
Começa na próxima sexta-feira, 26 de julho, os jogos olímpicos de Paris. Para a competição, delegação brasileira contará 277 atletas, que atuarão em 39 modalidades. Entre esses esportistas, há diversos talentos nascidos e criados nas cidades da Região Oeste da Grande São Paulo.
Um dos destaques é Gustavo “Bala Loka” Oliveira, de 21 anos. Nascido na Cohab 2, em Carapicuíba, o atleta é favorito a conquistar uma medalha, na categoria BMX Freestyle. O esporte passou a ser um esporte olímpico recentemente, a partir de Tóquio em 2020.
O rapaz começou na modalidade ainda cedo, com o auxílio de seu pai. Sem dinheiro para comprar uma bicicleta própria, montou uma com peças do ferro velho. Aos sete anos, ele começou a dar suas primeiras pedaladas no BMX dirt jump, esporte praticado em trechos de areia, na pista Caracas Trail.
“Meu pai teve a ideia de ir a um ferro velho em Osasco, achou a bike e começou a fazer um ‘Frankstein’. Pegou umas peças de BMX e colocou nessa bicicletinha que não era para o BMX. Ele montou uma específica para mim, essa do ferro velho, para começar”, comentou o atleta ao site do Comitê Olímpico Brasileiro.
Seu apelido “Bala Loka” surgiu após uma queda em que ele saltou mais alto do que o esperado. Acordou depois, assustado, caído no chão, com o pai jogando água em seu rosto. Parecia uma “bala”, um “louco”, segundo os colegas e o nome pegou.
Em 2023, ele ficou em décimo lugar no Mundial da modalidade, realizado em agosto, em Glasgow e faturou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago no Chile. A vaga para Paris veio em 22 de junho deste ano, onde Gustavo ficou na quarta posição da etapa Budapeste do pré-olímpico de ciclismo BMX freestyle e faturou um dos seis postos para os Jogos em disputa na Hungria.
Olimpíadas: Abner Texeira
Outro nome forte da Região Oeste é Abner Teixeira. Natural de Osasco, Abner Texeira concorre na categoria peso pesado no boxe. Aos 14 anos, Abner visitou um projeto social de boxe em Sorocaba (SP), cidade onde morava, e se encantou pela modalidade. Pouco tempo depois, o adolescente iniciou os treinamentos.
Dedicado, caminhava seis quilômetros todos os dias para chegar à academia. O garoto que sonhava ser jogador de futebol, médico ou bombeiro logo começou a se destacar e conquistou seu primeiro título brasileiro juvenil em 2013.
Em virtude de seus bons resultados, Abner à seleção olímpica brasileira. Nos Jogos Pan-americanos Lima 2019, o peso pesado conquistou a medalha de bronze. Resultado que repetiu nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, quando se tornou o primeiro boxeador brasileiro a subir ao pódio, uma campanha histórica da modalidade conquistando um ouro, uma prata e um bronze.
Olimpíadas: Diana Alecrim é de Barueri
No vôlei, a central Diana Alecrim foi uma das escolhidas por José Roberto. Nascida em 22 de fevereiro de 1999 em Barueri, Diana disputou a Liga das Nações em 2022, mas ficou fora do Campeonato Mundial pois passou por uma cirurgia.
Na Superliga 2022/2023 ela ficou em 15º lugar na lista de melhores bloqueadoras, com um total de 53 pontos conquistados. Na média de bloqueios vencedores por set, a atleta terminou na 17ª posição com marca de 0.65 (53 bloqueios em um total de 82 sets disputados).
Fã declarada de Thaisa, a jogadora é uma de suas herdeiras de posição da nova geração. Tornou-se peça fundamental no projeto de renovação do vôlei feminino e vem ganhando cada vez mais a confiança do técnico José Roberto Guimarães.
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