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Atleta de Carapicuíba, Bala Loka fica fora do pódio nas Olimpíadas

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Bala Loka, de 21 anos, terminou em sexto lugar (Gaspar Nóbrega/COB)

Primeiro brasileiro a disputar o BMX freestyle nas Olímpiadas, Bala Loka obteve a nota de 90.20, mas não conseguiu subir ao pódio; saiba mais

Gustavo “Bala Loka” terminou na sexta colocação na final do ciclismo BMX freestyle nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A prova foi realizada nesta quarta-feira (31), sendo a estreia do Brasil em uma das mais recentes modalidades olímpicas.

O carapicuibano, de 21 anos, superou o forte calor na capital parisiense para fazer uma grande apresentação. Na primeira corrida, ele obteve a nota de 90,20. O rapaz foi o segundo a entrar na pista e acertou todas as manobras. A nota foi melhor do que havia feito nas duas corridas no classificatório.

A segunda volta acabou não sendo melhor que a primeira e ele terminou com 88,88. Diferentemente da fase classificatória, que somava as notas das duas voltas, na final valia apenas a maior pontuação entre elas.

Gustavo vem evoluindo nos resultados nos últimos anos. Oitavo no ranking, foi bronze nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022, bronze no Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e esse ano, com um quarto lugar na etapa de Budapeste do pré-olímpico, se tornou o primeiro brasileiro a se classificar na modalidade em Jogos Olímpicos.

Conheça mais sobre a vida de Gustavo Bala Loka

Nascido na Cohab 2, em Carapicuíba, Gustavo “Bala Loka” de Oliveira é favorito a conquistar uma medalha, na categoria BMX Freestyle. O esporte passou a ser um esporte olímpico recentemente, a partir de Tóquio em 2020.

O rapaz começou na modalidade ainda cedo, com o auxílio de seu pai. Sem dinheiro para comprar uma bicicleta própria, montou uma com peças do ferro-velho. Aos sete anos, ele começou a dar suas primeiras pedaladas no BMX dirt jump, esporte praticado em trechos de areia, na pista Caracas Trail.

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Bala Loka conquistou uma medalha no Pan de 2023 (Gaspar Nóbrega/COB)

“Meu pai teve a ideia de ir a um ferro-velho em Osasco, achou a bike e começou a fazer um ‘Frankstein’. Pegou umas peças de BMX e colocou nessa bicicletinha que não era para o BMX. Ele montou uma específica para mim, essa do ferro-velho, para começar”, comentou o atleta ao site do Comitê Olímpico Brasileiro.

Seu apelido “Bala Loka” surgiu após uma queda em que ele saltou mais alto do que o esperado. Acordou depois, assustado, caído no chão, com o pai jogando água em seu rosto. Parecia uma “bala”, um “louco”, segundo os colegas e o nome pegou.

Leia Mais: Da região para Paris: conheça os atletas das Olimpíadas 2024

A vaga para Paris veio em 22 de junho deste ano, onde Gustavo ficou na quarta posição da etapa Budapeste do pré-olímpico de ciclismo BMX freestyle e faturou um dos seis postos para os Jogos em disputa na Hungria.

Sobre o ciclismo BMX freestyle

O ciclismo BMX freestyle nasceu na Califórnia, Estados Unidos, na década de 1970, inspirado nos movimentos dos pilotos de BMX Racing da região. O esporte tornou-se cada vez mais popular nas décadas seguintes e foi integrado aos programas de competições de esportes radicais, incluindo o X-Games nos anos 2000 e o FISE (Festival Internacional de Esportes Radicais). A modalidade entrou nos Jogos na última edição, em Tóquio 2020, mas não teve nenhum brasileiro na disputa.

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