Entre 1985 e 2015, não foram constatadas regenerações da Mata Atlântica nas cidades de Cotia e Osasco. É o que aponta o estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgado na terça-feira (7). O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma, identificou a recuperação de 57 hectares, em Santana de Parnaíba, área total de 17.993 hectares, no período. Na sequência aparece Barueri área total de 6.569 hectares, com 12 hectares regenerados. Valparaíso foi o município que apresentou mais áreas regeneradas, num total de 754 hectares.
O estudo analisa principalmente a recuperação sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Segundo o Atlas, nos últimos 30 anos foram desmatados 183.133 mil hectares de Mata Atlântica no estado.
Para a diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, é preciso uma ação conjunta, envolvendo poder público, iniciativa privada e sociedade. “Além de permanecer no nível zero de desmatamento, o desafio do estado é ampliar o processo de regeneração florestal”, afirmou.