O deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania) encaminhou, nesta quinta-feira (9), um pedido formal ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para que o inquérito policial que investiga o assassinato da jovem Vitória Regina seja transferido da Delegacia de Cajamar para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.
Segundo o parlamentar, a solicitação foi motivada por denúncias de irregularidades e falta de transparência na condução do caso. Zimbaldi explica que seu gabinete recebeu diversos relatos de possíveis desvios durante as investigações, o que reforçou a necessidade de uma nova apuração, desta vez por um órgão especializado.
“Recebemos denúncias sérias sobre o andamento do inquérito. É fundamental que a Justiça tenha acesso a todas as informações e o caso seja tratado com a devida transparência”, pede.
O deputado também enviou ofícios ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ao delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, e à direção do DHPP, formalizando o pedido de reabertura do inquérito.
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Acusado afirma ter sido coagido

O principal acusado pela morte de Vitória, Maicol Antonio Sales dos Santos, nega envolvimento no assassinato e sustenta que foi forçado a confessar sob ameaças e pressão psicológica.
Em uma carta anexada ao processo, Maicol afirma que não participou do crime e descreve em detalhes as supostas coações sofridas durante as investigações.
“Deixei claro que não havia confessado, bem como qualquer intenção para tal”, escreveu o réu no documento.
Conforme a carta, ele teria recebido visitas de investigadores que o ameaçaram e o orientaram a repetir uma narrativa previamente construída. A defesa também reforça que a confissão foi obtida sob coação.
“Recebi a visita (…) com diversas ameaças, contra mim e meus familiares, onde permaneci calado. Nesse momento, o investigador chefe disse que então me colocariam para repetir sobre o que eles queriam”, relatou.
Em depoimento prestado em junho deste ano, Maicol ainda afirmou que prometeram benefícios à sua mãe, como aposentadoria e vale-aluguel, em troca da confissão.
Indícios de terceiro envolvido
A defesa do acusado também aponta para um ponto considerado crucial: a presença de material genético de uma terceira pessoa na cena do crime. O achado levanta dúvidas sobre a autoria do homicídio e reforça a tese de que o caso deve ser reavaliado.
Com a solicitação encaminhada por Rafa Zimbaldi, a expectativa é que o DHPP reabra as investigações, reexamine as provas periciais, os depoimentos e os laudos genéticos, buscando esclarecer eventuais contradições e assegurar a lisura do processo.
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