Dois executivos já haviam deixado o Bradesco. As saídas ocorrem após Marcelo de Araújo Noronha ser indicado ao posto de presidente-executivo
Na terça-feira, 5 de dezembro, mais quatro diretores do banco Bradesco, sediado na cidade de Osasco, deixaram a instituição financeira. As informações são do portal InfoMoney.
Na diretoria executiva, Marlos Francisco Araujo, responsável pela gestão de risco, e Klayton Tomaz dos Santos, das áreas de organização, produtos e serviços, deixaram seus cargos alegando motivos pessoais, segundo o banco. Outras baixas na companhia foram Adelmo Romero Perez, diretor do departamento de patrimônio, e Alan Marinovic, diretor do banco de atacado, ambos também citando motivos pessoais, de acordo com o Bradesco.
Bradesco: sem substitutos
Na semana passada, foram divulgadas as renúncias de Eurico Fabri, vice-presidente responsável pelas áreas de corporate, internacional e pelo Bradesco BBI, outro executivo que alegou razões pessoais, e de Walkiria Schirrmeister, diretora executiva das áreas de infraestrutura de tecnologia da informação (TI) e governança de TI, que deixou o banco devido à antecipação de aposentadoria. O Bradesco informou que, no momento, não há substitutos para os seis cargos vagos.
As saídas ocorrem após, no final de novembro de 2023, o banco anunciar a indicação de Marcelo de Araújo Noronha para o posto de presidente-executivo, substituindo o executivo Octavio de Lazari Jr. A notícia gerou reação positiva no mercado, com as ações preferenciais do Bradesco acumulando alta de 3% desde o anúncio da troca de presidente até o fechamento de segunda-feira (4). As ações alcançaram um avanço de quase 6% no dia da divulgação, 23 de novembro, enquanto o Ibovespa subiu 0,6%.
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Lucro de R$ 4,62 bi
Como a reportagem do GIRO divulgou em novembro, o Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões no 3º trimestre deste ano (3T23). O montante representa queda de 11,5% na comparação com mesmo período de 2022.
Já o lucro líquido contábil do banco também foi de R$ 4,62 bilhões, mas com recuo de 11,3% ano a ano. A carteira de crédito ficou em R$ 877,5 bilhões, estável em relação ao 3º trimestre do ano passado (leve variação negativa de 0,01%). O desempenho está abaixo das projeções do banco. A expectativa era que o total de empréstimos tivesse um incremento entre 1% e 5%.
A inadimplência – atrasos acima de 90 dias – ficou em 5,6% no 3º trimestre de 2023. Isso representa elevação de 1,7 ponto percentual em 12 meses e queda de 0,1 ponto na comparação com o segundo trimestre deste ano.
Por outro lado, o banco registrou aumento nas receitas com prestação de serviços, totalizando R$ 9,1 bilhões no 3ª trimestre deste ano, alta de 2,9% na comparação anual. As receitas com rendas de cartão subiram 2,2%, para R$ 3,7 bilhões. Já as receitas relacionadas à conta corrente caíram 9,5%, para o montante de R$ 1,7 bilhão. Um dos destaques foi o crescimento da linha de administração de consórcios, que registrou alta de 23,3%, para o montante de R$ 525 milhões.
Com informações de InfoMoney.
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